Levantamento feito pelo Procon mostra diferença de de 6,85% no preço dos itens da cesta básica em relação aos grandes supermercados
Um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Defesa do Consumidor (Procon Anápolis) apontou diferença de preço de até 6,85% entre itens da cestas básicas entre a média de pequenos mercados de bairro e os grandes supermercados. O preço médio dos itens que a compõem a cesta básica é de R$ 149,24 nos estabelecimentos menores, contra R$ 160,23 apurados nas grandes redes.
Com menos tempo disponível para fazer as compras durante a pandemia, o consumidor passou a buscar, por comodidade e praticidadenos chamados “mercadinhos de bairro”. Inclusive, os clientes já observam vantagens na hora de adquirir os produtos.
Ao observar essa mudança de comportamento, o Procon Anápolis inovou ao realizar pesquisa de preços nos supermercados de bairros mais afastados. Foram verificados os 27 itens que compõem a cesta básica em seis estabelecimentos comerciais da cidade.
Na categoria alimentação, o quilo da batata varia até 20% entre os estabelecimentos pesquisados, podendo custar de R$ 4,99 até R$ 5,99. Já o macarrão com ovos (pacote de 500g) pode ser encontrado nas prateleiras pelo preço de R$ 1,99 até R$3,29, dependendo do local onde for comprado.
Em relação às carnes, os cortes de primeira variam 21%, alcançando o preço médio de R$ 21,32 o quilo. Mais uma vez, o valor do quilo é de R$ 18,99 nos locais mais afastados, contra R$22,99 nas maiores lojas.
Já entre os itens de higiene pessoal de mesma marca, o papel higiênico (pacote com quatro unidades) é vendido, em média, a R$ 2,68, sendo comercializado entre R$ 1,99 e R$ 3,39. O creme dental (tubo de 90g) aparece na lista com custo médio de R$ 2,44.
Sem Crise
O Contexto visitou alguns desses estabelecimentos para ouvir também os proprietários à respeito de uma possível queda no faturamento por causa da pandemia. O resultado demonstrou o contrário. Dos cinco mercados e mercearias ouvidas pela reportagem, apenas uma registrou queda no movimento por esse motivo. Tirando o período incicial do distanciamento social, verificado na segunda quinzena de março, a grande maioria viu crescimento nos lucros.
Dono de um mini-mercado no bairro Chácaras Colorado, região Norte de Anápolis, Rodrigo Costa ficou extremamente preocupado com as consequências econômicas da Covid-19 em seu estabelecimento. “Pensei que seria preciso denitir funcionários ou que iria à falência por não conseguir honrar comprimissos feitos com bancos e fornecedores. Foi um período de muita incerteza e preocupação”, relata ele.
Mas, uma vez reaberto, o mercado não só não teve prejuízo como registrou alta de 11% no faturamento, o que surpreendeu Rodrigo. Segundo ele, não faltou trabalho aos colaboradores e foi preciso muito empenho para que as prateleiras não ficassem vazias. “Quem comprava em supermercado experimentou aqui e virou cliente. E mesmo com os custos adicionais impostos pelo decreto relativo à reabertura do comércio, economicamente foi melhor pra mim. Aqui não teve crise”, confessa.
A vendedora Janaína Rocha, cliente de Rodrigo, afirma que se surpreendeu ao visitar o estabelecimento. De acordo com ela, os preços são atrativos e tem todo o necessário para suprir as necessidades básicas. “Gostei muito do atendimento, mais amistoso e das verduras e frutas, frescas e de melhor qualidade. Agora vou ao supermercado com menos frequência. Um hábito que dificilnente vai ser revertido, analisa Janaína.




