Mortes em São Paulo acendem alerta sobre bebidas adulteradas com metanol, substância altamente tóxica.
A confirmação da sexta morte por suspeita de ingestão de bebida adulterada com metanol, acendeu um sinal de alerta entre autoridades de saúde e consumidores. O metanol, embora amplamente utilizado na indústria química como matéria-prima para solventes, adesivos e revestimentos, é extremamente tóxico para o organismo humano. Mesmo em pequenas doses, pode causar intoxicação grave e levar à morte.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o metanol é um álcool simples, com fórmula CH₃OH, líquido à temperatura ambiente. Já o etanol, encontrado em bebidas alcoólicas, é produzido por fermentação de açúcares de matérias-primas como cana-de-açúcar, milho e trigo. Enquanto o etanol é seguro para consumo moderado, o metanol não pode ser ingerido sob nenhuma circunstância. Em razão de sua toxicidade, a ANP impõe regras rígidas para sua produção, armazenamento e transporte.
Riscos reais
A ingestão de bebidas adulteradas com metanol pode causar sintomas como visão turva, dor de cabeça intensa, náuseas, tontura e rebaixamento do nível de consciência. Em casos mais graves, há risco de cegueira e morte. O metanol pode aparecer naturalmente em baixíssimas concentrações em algumas bebidas, devido à fermentação de açúcares e pectinas, mas sua adição deliberada é proibida. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) estabelece limites residuais mínimos, que não autorizam o uso, apenas reconhecem a presença inevitável em traços.
Identificação segura
Para evitar o consumo de bebidas adulteradas, autoridades orientam desconfiar de preços muito baixos e observar atentamente a embalagem: lacres tortos, rótulos desalinhados, erros de ortografia ou ausência de informações como CNPJ e número de lote são sinais de alerta. Testes caseiros como cheirar ou queimar a bebida não são seguros nem conclusivos. Em caso de suspeita ou sintomas, é essencial buscar atendimento médico imediato e contatar serviços especializados como o Disque-Intoxicação da Anvisa (0800 722 6001) ou o Centro de Controle de Intoxicações. A rapidez no atendimento pode ser decisiva para salvar vidas.
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