O ministro da Educação, Milton Ribeiro, pediu demissão do cargo nesta segunda-feira (28). A exoneração foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. Ele sofria pressão depois de ter áudio vazado em que relata priorizar verbas do MEC para municípios indicados por dois pastores evangélicos, a pedido do presidente Jair Bolsonaro.
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Pastor presbiteriano e professor, Ribeiro estava desde julho do ano passado no comando do MEC e pediu exoneração nesta segunda após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro. Quem assume seu posto é Victor Godoy, atual secretário-executivo da Educação. Milton foi o 4º ministro da pasta durante o governo atual.
Escândalo
Os pastores a que o ministro se refere no áudio são Gilmar Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil Cristo Para Todos (Conimadb), e Arilton Moura, ligado à Assembleia de Deus.
Eles não têm cargo no governo, mas nos últimos anos participaram de várias reuniões com autoridades e tiveram encontros com Bolsonaro. Milton Ribeiro afirmou que o presidente não pediu atendimento preferencial aos pedidos dos pastores e negou favorecimento aos religiosos.