Natural de Anápolis, Rayka Vieira irá fazer história quando tiver início a 61ª edição do Miss Brasil, nesta quinta (19). A competidora de 26 anos é a primeira trans a disputar o posto de mulher mais bonita do país. Ela é a atual detentora da faixa de Miss Centro Goiano. A transmissão do concurso começa às 18h30 pela TV CNB no YouTube e pela página do Facebook do site especializado Global Beauties.
Junto de outras 47 competidoras, Rayka está confinada desde a última segunda, dia 16, realizando provas como a de talento, traje típico e a de ações sociais (“Beleza Pelo Bem”). O projeto social da anapolina se chama “Orgulho Pelo Bem” e é focado em dar oportunidades para jovens da comunidade LGBTQIA+, principalmente para mulheres transexuais.
Mais que malte e lúpulo: a enorme diversidade da cerveja
Esta edição do Miss Brasil acontece depois de três adiamentos decorrentes da pandemia. Tendo Brasília como palco, o evento assegura que os protocolos de biossegurança e o uso de máscaras estão sendo seguidos, além de não contar com público para o dia final. Quem irá passar a coroa para a vencedora será a atual Miss Brasil Mundo, Elís Miele.
Abrindo caminho
Dentre os maiores concursos de beleza do planeta, apenas uma mulher trans alcançou à etapa internacional, com a espanhola Angela Poncé, no Miss Universo 2018. No Brasil, antes de Rayka, apenas Nathalie de Oliveira chegou próxima de disputar o Miss Brasil Universo, sendo finalista do Miss RJ em 2019. Em mais de 60 anos de realização, será a primeira vez que o concurso nacional, desenhado inicialmente para mulheres cisgênero, recebe uma trans.
Logicamente que, para a modelo de Anápolis, o título do concurso e a possibilidade de alcançar o Miss Mundo, mais antigo do planeta e com 120 países filiados é o maior objetivo. No entanto, a conquista para a comunidade LGBTQIA+ já é real, com Rayka abrindo portas que seguirão abertas por muitos e muitos anos.