A campanha, que foi lançada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, em cerimônia no Palácio da Justiça, em Brasília, ocorrerá em três etapas e vai utilizar técnicas de identificação genética e papiloscópicas.
Na primeira fase, serão coletadas amostras de DNA de familiares de desaparecidos por meio da saliva. São quase 300 pontos de coleta espalhados por todo o Brasil.
“O primeiro aspecto dessa mobilização é o humanitário, porque o encontro de um ente querido faz cessar uma dor. Portanto, é uma questão que diz respeito aos direitos humanos”, ressaltou o ministro.
Ainda, segundo Lewandowski, as outras duas facetas sobre a temática são relacionadas à integração com os entes federados e ao desenvolvimento tecnológico para a identificação das pessoas desaparecidas.
A iniciativa ocorre em alusão ao Dia Internacional da Pessoa Desaparecida (30 de agosto).
Segunda etapa
Na segunda etapa da campanha, o foco estará no recolhimento de impressões digitais e de material genético de pessoas vivas com identidade desconhecida.
Por fim, será coordenada a pesquisa de impressões digitais de corpos não identificados armazenadas em cada unidade federativa.
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Nessa etapa, conhecida como análise do passivo, esses dados são comparados com os registros existentes nos bancos de biometrias.
Coleta
Entre janeiro e agosto de 2024, desapareceram 45.670 pessoas, sendo 29.498 do sexo masculino e 15.833, do feminino.
Desse total, 12.148 tinham até 17 anos e 32.415, mais de 18 anos. Já em relação a pessoas localizadas, o número total foi de 30.016, com 10.736 do sexo feminino e 17.931, do masculino. Já foram localizadas 7.654 pessoas de até 17 anos e 20.887 de até 18 anos, em 2024.
Além disso, a legislação atual assegura que as amostras fornecidas voluntariamente pelos parentes serão utilizadas exclusivamente na identificação dos entes sumidos, e não para outro propósito.
Com informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP)