Os indicadores do Monitor de Secas trazem dados consolidados, ainda, do mês de junho. Portanto, situação pode ainda agravar
O período de estiagem este ano tem gerado preocupação, devido aos impactos que podem trazer na agricultura, no abastecimento de água e de energia elétrica. Aliás, esta é uma preocupação recorrente para boa parte do País, que pode ter uma das secas mais severas dos últimos anos.
Não é difícil observar, no dia a dia, as consequências da seca. No começo da semana, por exemplo, um incêndio de vegetação na área do antigo Parque Ipiranga, no Bairro Jundiaí levou um bom tempo para ser controlado por equipes do Corpo de Bombeiros.
Além de mobilizar equipes para o combate ao fogo, o incêndio no bambuzal mobilizou também pessoal de apoio da Enel Goiás. Resultado: muita gente ficou sem energia por várias horas, devido a esta intercorrência.
Há poucos dias, também, o CONTEXTO destacou a mortandade de peixes em trechos do Ribeirão das Antas, o que costuma ocorrer nesta época do ano, em razão da baixa na vazão do manancial.
Atendimento de esgoto em Anápolis tem um dos melhores índices do Brasil
Ainda é motivo de preocupação a falta de água, já que no período de seca, tem-se a redução nos mananciais que abastecem a cidade: os ribeirões Piancó, Capivari e Caldas.
Portanto, é preciso estar atento a esta variante do clima e os impactos gerados. Esse, inclusive, são alguns dos objetivos do Mapa do Monitor de Secas desenvolvido e divulgado por meio da Agência Nacional de Águas (ANA).
Os dados gerados a partir do Monitor de Secas ajudam a melhorar o alerta precoce e a previsão de secas, assim como servir como subsídio para a tomada de decisões e políticas em escala federal, estadual e municipal.
O Monitor de Secas possui legendas que identificam as áreas de secas classificadas pela intensidade, variando de S1 (seca menos intensa) até S4 (a mais intensa). S0 indica que são áreas com condições de umidade anormalmente baixa e estão secando e podem, possivelmente, virar áreas de secas.
Também, há os indicadores registrados pelas letras C e L, que indicam como a seca e o déficit de umidade têm impactos sociais, ambientais ou econômicos ao longo do tempo. A letra C traz um indicativo de Curto Prazo, com possíveis impactos na agricultura e pastagens. Já a letra L traz um indicativo de Longo Prazo, com possíveis danos à hidrologia e ecologia.
Mensalmente informações sobre a situação de secas são disponibilizadas até o mês anterior, com indicadores que refletem o curto prazo (últimos 3, 4 e 6 meses) e o longo prazo (últimos 12, 18 e 24 meses), indicando a evolução da seca na região.
Goiás
O último mapa foi gerado com dados referentes a julho, sendo que para Goiás, o indicador aponta um avanço da seca moderada (S1) no Nordeste do estado e o avanço da seca grave (S2) na porção central. Os possíveis impactos são de curto prazo (C) para a região Leste e de curto e longo prazo (CL) nas demais áreas, inclusive, a central, onde está localizado o Município de Anápolis.
Atualmente, o Mapa do Monitor de Secas conta com 26 unidades da Federação participantes, faltando, apenas, as adesões dos estados do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.
Estado de emergência
A presença de uma massa de ar seco mantém o tempo estável em todas as regiões do Estado, favorecendo também que as temperaturas máximas fiquem elevadas e a umidade relativa do ar em declínio no período da tarde.
Os índices de umidade podem ficar abaixo dos 20% nas regiões Norte, Leste e Sul, caracterizando índice de Alerta. Já nas regiões Oeste, Central e Sudoeste há possibilidade da umidade relativa do ar ficar na casa dos 12%, caracterizando Emergência.
Na Região Central a previsão é de temperatura mínima em 15 graus e máxima chegando a 34 graus. Na Região Oeste a temperatura mínima fica em 14 graus e a máxima em 38.
A previsão é do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo).