A última atualização do Monitor de Secas aponta que no Centro-Oeste houve, em março, o agravamento da seca em parte de Goiás e Mato Grosso do Sul. No caso do Distrito Federal, o fenômeno não foi registrado pelo segundo mês consecutivo. Somente o DF e o Espírito Santo não enfrentaram o fenômeno no último mês entre as 20 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas.
Em Goiás, entre fevereiro e março, aconteceu uma leve expansão da área com seca extrema de 6% para 7% do estado por conta de chuvas abaixo da média no sudeste goiano.
Por outro lado, aconteceu um recuo da seca moderada de 43% para 39% do estado. No total, o fenômeno permanece presente em aproximadamente 97% do território goiano entre fevereiro e março.
Em área total com fenômeno, Goiás teve cerca de 328 mil quilômetros quadrados nessa condição, ficando atrás da Bahia, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Os impactos permanecem de curto prazo no leste e de curto e longo prazo nas demais áreas.
Em sete estados, 100% de seus territórios continuaram com seca no último mês em comparação a fevereiro: Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe. A Bahia passou a ter seca em 100% do estado, o que não acontecia desde março e 2019. Outros três estados registraram entre 96 e 98% de área com seca: Paraná, São Paulo e Goiás. O Distrito Federal e o Espírito Santo são as únicas unidades da Federação sem o fenômeno.
Com base no território de cada unidade da Federação, a Bahia lidera a área com seca, seguida por Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Em termos de severidade do fenômeno, os três estados do Sul tiveram o abrandamento da seca entre fevereiro e março: Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Por outro lado, seis unidades da Federação tiveram agravamento da situação de seca, marcado pelo avanço da seca grave (Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte); pela expansão das áreas com seca moderada (Bahia e Piauí); e pela acentuação da seca no noroeste de São Paulo – único estado a registrar seca excepcional no país, categoria mais intensa na escala do Monitor. Já no DF a situação se manteve sem seca.
O que é?
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo.
Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site www.monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
A metodologia do Monitor de Secas, em operação desde 2014, foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região. (Informações da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico-ANA)



