Idealizada pela promotora de Justiça Carla Brant Sebba Roriz, da 13ª Promotoria de Anápolis, a iniciativa busca dar apoio, acolhimento e empoderar mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.
O lançamento ocorreu de forma virtual na última sexta-feira, 03/12, com mais de 40 participantes.
Trabalhando juntamente com a rede de proteção à mulher de Anápolis, a promotora já iniciou atendimentos no âmbito do projeto e tem se dedicado a inserir não somente a vítima, mas também seus filhos e companheiros nessa atuação conjunta.
“Além de acompanhamentos psicológico, jurídico e para a reinserção no mercado de trabalho para as vítimas, vamos também direcionar as crianças a programas assistenciais e ao ambiente escolar”, esclareceu.
Ela acrescentou que os agressores serão monitorados e inseridos na rede, para que sejam igualmente acompanhados e possam reverter esse ciclo de violência doméstica.
Ao iniciar o evento, a subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos Institucionais e coordenadora do Centro de Apoio Operacional (CAO), Laura Maria Ferreira Bueno, destacou a importância da proposta, observando que a grande participação dos integrantes
da rede de proteção do município demonstra como esta atuação conjunta está consolidada.
Fazer a diferença
A coordenadora de Projetos Institucionais do MPGO, Sandra Mara Garbelini, esclareceu que é um projeto que visa fazer a diferença das mulheres vítimas de violência doméstica, que terá resultados e impactos na sociedade, para possibilitar melhores condições de vida para essas pessoas.
Já a coordenadora da Área de Políticas Públicas e Direitos Humanos do CAO, Tamara Andréia Botovchenco Rivera, falou um pouco sobre o perfil da promotora Carla Brant, que tem grande capacidade de articulação e para trabalhar em rede.
Também prestigiou a solenidade de lançamento a promotora de Justiça Rúbian Corrêa Coutinho, titular da 63ª Promotoria de Justiça de Goiânia, integrante do Núcleo de Gênero do MPGO e atual coordenadora da Comissão Permanente de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Copevid).
“Precisamos ter cuidado de estar sempre em busca de mostrar às mulheres que querem romper esse ciclo que os instrumentos estão aí e é possível pôr um fim às situações de violência”, afirmou.
Já a procuradora de Justiça Ivana Farina Navarrete Pena, que, recentemente, deixou o cargo de conselheira do Conselho Nacional de Justiça e tem atuação reconhecida nacionalmente neste tema, ressaltou o “coletivo riquíssimo que se reuniu para esse lançamento. Mulheres com olhares atentos!”. Ela observou que se trata de um enfrentamento não só à violência doméstica, mas às várias espécies de violência que são vivenciadas pelas vítimas. “Quando você empodera, você transforma o modo de ver a situação e concede forças para lutar”, apontou.
Participação
Prestigiaram o evento representantes dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo de Anápolis, entre eles o prefeito Roberto Naves e o juiz Carlos Limongi; o promotor Luís Fernando Ferreira de Abreu (titular da 4ª Promotoria e coordenador das PJs de Anápolis), além de integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Anápolis, das Polícias Civil (Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher – Deam) e Militar (Batalhão Maria da Penha). Compareceram ainda membros do Conselheiro Tutelar, Conselho da Mulher, de Universidades e da Central Única das Favelas (Cufa). (Com informações da Assessoria de Comunicação Social do MPGO – fotos: João Sérgio Araújo- https://mpgo.mp.br/portal)