Cidade que cresce em ritmo alucinante, Anápolis continua sendo desafiadora aos seus administradores. O Governo Antônio Gomide chega ao final contabilizando um elenco altamente positivo em termos de realizações físicas, na chamada proposta infraestrutural, entretanto já se programando para novos e grandes desafios no segundo mandato, que começa no dia primeiro de janeiro. Devido ao porte e ao status que alcançou na última década, o Município não tem como retroceder na concepção de projetos e, de agora em diante, se vê impulsionado a prever e projetar, sempre, grandes obras sociais e físicas.
No ano que se encerra, a Prefeitura relata as obras de pavimentação em dezenas de bairros, o que, além de fortalecer a política de saneamento, com o fim da poeira e da lama, provoca, também, a valorização imobiliária. E, se o asfalto já é uma aspiração popular que o Governo Municipal conseguiu levar aos mais diferentes setores, outros atendimentos foram, igualmente, importantes para o avanço na qualidade urbanística de Anápolis. Destaque para a reforma de várias praças, até então abandonadas; a implantação de outras em setores antes degradados, além, claro, da mais importante obra do ano neste aspecto, que é o Parque Ambiental da Liberdade, na Vila União, no final da Avenida “Getulino Artiaga”, entregue esta semana. O local foi, durante décadas, um depósito de lixo a céu aberto e, hoje, se transformou em mais um ‘cartão postal‘ da Cidade. Tudo isso conta pontos a favor da atual administração que, entretanto, não conseguiu superar alguns obstáculos que devem ser atacados a partir de agora.
Novos desafios
Entre as demandas não supridas em 2012 no campo da infraestrutura, está o viaduto na conexão das avenidas Brasil Norte e Fayad Hanna. Havia um projeto para que esta obra fosse concluída neste primeiro mandato do Prefeito Antônio Gomide. Todavia, em que pese os esforços, o projeto sequer foi iniciado. Mas, é uma promessa de campanha que se pretende cumprir de imediato. Esta obra faz parte, inclusive, da macro proposta para o setor viário de Anápolis, que é dotar a Cidade de um plano diretor de trânsito, tendo em vista situação já caótica que os anapolinos experimentam em determinados horários do dia – falta de vagas para estacionamentos e engarrafamentos expressivos – com a tendência de agravamento, caso não sejam tomadas as devidas providências. O Prefeito declarou ao Jornal CONTEXTO que esta será sua prioridade número um. Fala-se, também, na duplicação de umas e na abertura de outras avenidas importantes para a logística de trânsito em Anápolis. Outro assunto que ficou para trás e que não pode ser postergado mais é a criação de corredores exclusivos para o transporte coletivo, ideia, inclusive, defendida pela diretoria técnica da Companhia Municipal de Trânsito e Transporte – CMTT.
Escoamento
Outro desafio que vem sendo enfrentado por seguidas administrações e que não foi possível superar nos últimos quatro anos, é do escoamento correto das águas provenientes da bacia fluvial formada pelo Ribeirão Antas e seus afluentes. Apesar de obras importantes como as passagens sobre o Córrego “João Cesário”, nas avenidas Universitária, “João de Souza Ramos” e “Fayad Hanna”, o volume de água das chuvas mais pesadas ainda faz transbordar os córregos, inundando residências e estabelecimentos comerciais, com muitos prejuízos, desde a Estação Rodoviária, até a Vila Santa Maria de Nazareth. Assemelham-se a este, os problemas causados no período chuvoso na região das avenidas Mato Grosso e Federal, assim como no outro extremo da Cidade, mais especificamente na Vila São Joaquim, fundos do Parque da Pecuária.
A Prefeitura vai ter de encontrar soluções, ainda, para a ligação da região central com bairros densamente populosos com destaque para as avenidas Pedro Ludovico; JK; Mato Grosso, Universitária e Anderson Clayton, dentre outras. Além do mais, a comunidade reivindica ações para a ampliação da rede de coleta de esgoto sanitário que, embora seja atribuição do Governo Estadual, faz parte de um tratado entre os dois níveis de poder, no qual estão previstas várias obras de grande monta.