8 de março, consagrado como o Dia Internacional da Mulher, é uma data de comemoração e de reflexão. De comemoração, porque a mulher hoje não é mais uma coadjuvante, mas é protagonista nos espaços que ocupa em sociedade, seja na família, seja nas atividades econômicas.
Claro que há, ainda, espaços para avanços, considerando o fato de que desigualdades ainda existem, por exemplo, exemplo, de ordem salarial. Mulheres que ocupam mesmos cargos e funções desempenhadas por homens, porém, ganhando menos. Uma situação que não se justifica.
Na política, apesar de as mulheres terem também ocupado seu espaço, há também muito que se avançar. Contudo, a mulher já chegou à Presidência da República, ao Supremo Tribunal Federal e outras cortes do Judiciário, além de estarem presentes no Congresso, assembleias legislativas, prefeituras, governos estaduais, câmara de vereadores. Mas, essa participação pode e deve ser ainda maior.
Agora, em relação à violência, esse parece ser um fato de retrocesso, apesar de o Brasil ter hoje uma das melhores legislações do mundo aplicada à violência doméstica, que é a chamada Lei Maria da Penha, nome que inspirou também a criação de várias patrulhas policiais, inclusive, em Anápolis, fazendo um bom trabalho de prevenção e de combate à violência doméstica.
Contudo, é preocupante que a violência contra a mulher continue apresentado elevados índices, como tivemos, por exemplo, aqui no Estado de Goiás, no ano passado, em comparação com o ano de 2021.
A prevenção e a repressão aumentaram, a lei está mais rígida e as agressões e mortes continuam em escalada. Essas questões devem ser colocadas na ordem do dia dos debates da sociedade. E não precisa ser no dia ou no mês dedicado à mulher. Deve-se se ter um debate permanente de busca de soluções. Ou, então, as estatísticas vão continuar subindo e a notícia será requentada.