Tradicionalmente, no mês de março, as atenções se voltam para as mulheres, de uma forma geral. É parte da comemorações do Dia Internacional da Mulher, Semana da Mulher, Mês da Mulher, essas coisas.
São homenagens, projetos literários, programações cívicas, de entretenimento, de lazer, de cultura e outros, para se reforçar a importância que elas (as mulheres) têm na sociedade atual. Embora, claro, ainda haja muito “chão pela frente” e muito a se conquistar.
Se em algumas áreas, ainda, há uma tímida ocupação delas em gestões e comandos de variadas vertentes, por outro lado, há de se reconhecer (e não é difícil) o quanto as mulheres evoluíram nas ciências, principalmente na medicina em suas mais variadas especialidades. O que era raro décadas atrás, verem-se mulheres nos corredores; consultórios; centros cirúrgicos, enfermarias, UTI e outros departamentos clínico/hospitalares, hoje é uma frequência dominante e retrata, com fidelidade, esta ocupação, mais do que justa, por sinal.
As mulheres, hoje em dia, representam 70% da força de trabalho nestas áreas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. São médicas, odontólogas, nutricionistas, fisioterapeutas, enfermeiras e tantas outras profissionais que estão na linha de frente dos esforços para se cuidar de pacientes todos os dias, além de desenvolverem-se pesquisas que permitam o avanço da área. Dentro de hospitais, elas mudam o perfil de cargos de liderança ao unirem os múltiplos talentos, a curiosidade e a valorização do olhar humanizado. Não é segredo que a participação feminina na ciência traz contribuições que vão além da promoção de saúde, bem-estar e justiça social genuína.
Cada conquista fortalece a importância de se estimular e inspirar mulheres para a carreira científica, mudarem-se estereótipos da profissão e dar-se visibilidade às suas realizações. Sendo assim, com mais representatividade nos números gerais, o próximo desafio poderá ser por mais equidade, também, nos cargos de liderança.
Hoje, inúmeras profissionais da saúde se destacam com trajetórias brilhantes, inspirando outras a acreditarem, persistirem e não desistirem de trilhar caminhos igualmente bem-sucedidos. A começar pelo atual Governo Federal, que tem uma mulher, a Doutora Nísia Verônica Trindade Lima, no comando do Ministério da Saúde. Todavia, não é preciso fazer uma longa viagem no tempo para perceber que é um fato recente na história a presença feminina em postos de liderança e em áreas de destaque, O melhor é que esta presença cresce em número e na qualidade do serviço ofertado.
Esta realidade, cada vez mais presente no atual contexto, fortalece o sentido da igualdade de gêneros, da equidade na ocupação de espaços e de reconhecimento, ainda que meio tardio, da sensibilidade, da competência e da dedicação que as mulheres têm em relação à vida. Racionalmente, sem a necessidade de subterfúgios e elogios vagos e pífios, qualquer do povo saberia testificar o quanto de valor têm as mulheres, de todas as idades, de todas as raças, de todos os credos e de todas as categorias sociais. No caso das profissionais da saúde, trata-se, apena, de um comparativo. Mas, todas elas jogam um importante papel na estrutura social nos dia de hoje.