A ideia que se criou e que, infelizmente, tem sido “comprada” no Brasil é de que, findo o ano de 2020, a covid-19, originária do novo coronavírus, também, terá ido embora e que tudo voltará ao normal. Definitivamente, isto não é, e nunca foi, verdade. Até porque, o vírus está circulando por aí, da mesma forma que antes, fazendo seguidas vítimas. Não existe remédio para aniquilá-lo, não existe antídoto para interrompê-lo. E, por mais que, ainda, existam pessoas que ironizem (algumas debocham) do problema, ao afirmarem que tudo não passa de “uma gripezinha”, ou de um “resfriadozinho”, centenas, milhares de pessoas, não só no Brasil, mas, em todo o mundo, sentem, efetivamente, seus efeitos, seus rigores e seus estragos. Muitos pagam com a própria vida. Outros, vão para o “estaleiro” por tempo indeterminado.
E, não há distinção de raça; cor; idade; credo religioso; opção político/partida, posição social ou qualquer outra vertente. O vírus pega todo mundo. E, mata qualquer um. Assim, sendo, desde que começou esse flagelo mundial, o que se tem de consolo (se é que se pode, assim, afirmar) é seguir as orientações da comunidade médico/científica que recomenda lavar as mãos, usar a máscara (proteção facial) e afastar-se de multidões. O que, por sinal, não tem sido levado a sério por muita gente. Esta “muita gente” significa os assintomáticos, ou, que têm imunidade alta, mas, que levam o vírus para dentro de casa. Lá, quem paga a conta são seus pais, seus avós, seus filhos, pessoas com comorbidades e outros do chamado grupo de risco. O que, por sinal, está, por demais, comprovado.
Assim sendo, acende-se a luz amarela, a luz de alerta, para os prefeitos que vão tomar posse em 1º de janeiro. Praticamente nenhum deles vai encontrar vida fácil. O novo coronavírus não morreu. Aliás, fala-se na tal “segunda onda” (tomara que ela não venha para o Brasil) e que pode ser mais danosa do que a primeira. Ante de pensarem em obras, e realizações, em empreendimentos físicos, estes futuros mandatários municipais precisam pensar, muito, e logo, em planos e projetos para enfrentarem grandes dificuldades, como um exército de desempregados, falta de leitos nos hospitais públicos, enfim, total falta de estrutura, pelo menos, nos primeiros meses.
Certamente é lógico que a economia precisa andar, o dinheiro tem de circular, o capital deve girar. Mas, de nada adianta pensar em progresso e desenvolvimento com uma sociedade amedrontada e acuada por uma moléstia que já dura quase um ano e, até agora, não deu sinais de que será derrotada tão cedo. Cientistas, em todo o mundo, se acham debruçados sobre seus experimentos para a descoberta de um imunizante eficaz. Dizem que isto está próximo de acontecer. Mas, entre a descoberta; a aprovação, a liberação, e a distribuição, há um longo (e doloroso) caminho a ser percorrido. E, que venham as vacinas. Ante disso, o melhor (e único) remédio chama-se prudência.