J.B. Phillips buscou descrever o Natal, não a partir da nossa perspectiva humana do menino na manjedoura, mas através da visão dos anjos e seres celestiais, criando uma fantasia sobre os sentimentos que eles tiveram sobre o nascimento de Jesus.
Em sua versão, um anjo antigo mostra a um anjo novo o fascinante universo, contemplando galáxias, sóis e planetas gigantescos, até que finalmente chegam à nossa galáxia, que possui “apenas” 500 bilhões de estrelas.
Phillips descreve a reação do anjo mais jovem ao se aproximar da Terra: “Enquanto os dois se aproximam da estrela a que chamamos nosso sol e dos seus planetas circulantes, o anjo mais velho aponta para uma esfera pequena e um tanto insignificante que se movia muito lentamente sobre o seu eixo. Ela parecia tão sem graça quanto uma bola de tênis suja para o pequeno anjo, cuja mente estava impressionada com o tamanho e a glória de tudo quanto vira.”
Para o pequeno anjo, que não achara a Terra impressionante, era estranho que naquele planeta pequeno e insignificante, Deus resolvera visitar pessoalmente: “Você quer dizer que o nosso grande e glorioso Príncipe desceu em pessoa para essa bolinha de quinta categoria? Por que ele fez uma coisa dessas?” O pequeno anjo, com desgosto, expressa seu espanto: “Você está me dizendo que ele desceu tão baixo para se tornar uma daquelas criaturas rastejantes e arrepiadoras daquela bola flutuante?”
O anjo mais velho explica o motivo, que está além da compreensão celestial: “Sim, e não penso que ele gostaria de que você as chamasse de ‘criaturas rastejantes e arrepiadoras’ com esse tom de voz. Pois, por estranho que possa parecer para nós,Ele as ama. Ele desceu para visitá-las a fim de torná-las parecidas com ele.”
Considerar o Natal nesta perspectiva é, de fato, extraordinário. O evento revela o mistério da Encarnação: O Deus, Criador dos céus e da terra, que mantém todas as coisas pela palavra de Seu poder, “que não conhece o antes ou o depois, entrou no tempo e no espaço. “Deus, que não conhece fronteiras, assumiu as limitações chocantes da pele de um nenê, “as restrições sinistras da mortalidade.”
A Face de Deus na Manjedoura
Kenny Rogers colocou musicalidade nesta questão na belíssima canção, “Mary, Did You Know”, que traduz a grandiosidade teológica para o coração humano. A música, em tradução resumida, questiona Maria:
Maria, você sabe que seu pequeno bebê um dia andará sobre as águas?
Que seu bebê salvará nossos filhos e filhas? Que quando você beija seu filho, você beija a face de Deus? Maria, você sabe que seu pequeno bebê é Senhor da criação? Que ele governa as nações? Que a criança que você segura nos braços é o grande “EU-SOU?”
O Natal é, portanto, a celebração dessa visita incompreensível, onde o Infinito se tornou finito por amor, para que o humano pudesse se tornar semelhante ao Divino.
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