Embora ainda não esteja em seu ponto crítico, o número de queimadas em Anápolis praticamente dobrou até o final de junho, passando de 35 nos seis primeiros meses de 2017 para 65 este ano. ´A partir de agora, a tendência é de um aumento significativo no número de queimadas por causa da vegetação ressecada, muito vento e o uso de fogo em práticas equivocadas na limpeza de lotes e de áreas maior porte´, disse o tenente Vilmar Teixeira de Andrade, Ele revelou que a estatística do 3º Batalhão de Bombeiros Militar mostra um grande aumento no número de ocorrências em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Em julho de 2017 foram feitos 16 atendimentos de queimadas, contra 33 no mesmo mês deste ano, o que representa um aumento de mais de 100%. A mesma estatística mostra que em janeiro deste ano foram feitos quatro registros contra dois em 2017, seis em fevereiro contra nenhum no ano passado; dois em março, contra três no mesmo mês do ano passado, zero em abril nos dois períodos, 20 em maio, contra 14 em 2017 e agora, 33 em junho contra as 16 ocorrências do ano anterior.
Apesar disso, o tenente Andrade revelou que, este ano, ainda não ocorreu nenhuma grande queimada, com a maioria dos registros de ocorrências no 3º Batalhão se restringindo a lotes da área urbana e em pequenas reservas ambientais. Ele citou como exemplos o combate a pequenas queimadas no Parque da Matinha, na reserva ambiental próxima ao Terminal Rodoviário e do setor Jamil Miguel e também em áreas um pouco maiores às margens das BRs 153/060.
Segundo ele, o combate ao fogo em vegetação às margens das BRs 153/060 em áreas de atuação da concessionária que explora parte de seus trechos o trabalho dos bombeiros é feito com o apoio de equipes da Triunfo/Concebra. O oficial elogiou o apoio das equipes da concessionária, ao explicar que o combate a focos de queimadas em vegetação precisa ser rápido e eficaz por causa dos perigos que a fumaça e a fuligem causam aos condutores de veículos e evitar riscos de acidentes nas pistas.
Agilidade
O Tenente lembrou que essa agilidade ajuda a evitar a morte de muitos animais de variadas espécies que vivem em matas e reservas florestais, mas que são afugentados pelo fogo e atropelados por veículos que passam pelas rodovias. ´Esse trabalho tem que ser rápido, de muita agilidade´, acrescentou e assegurou que essa agilidade ajuda a preservar a vida de muitos animais. No entanto, que muitos morrem atropelados em consequência de queimadas.
O setor de combate a queimadas do 3º BBM conta com três equipes, nove policiais bombeiros, três viaturas e dois caminhões. Em casos mais graves, essas equipes recebem o reforço de mais bombeiros. O sargento que coordena esse trabalho contou que a tendência é reforçar as equipes a partir de agora, com ênfase nos meses mais críticos entre o final de julho até final de setembro, quando a vegetação fica mais seca e, a temperatura, mais elevada, acompanhada de muito vento.
O Tenente Andrade lembrou que essa conjugação de fatores favorece o surgimento de mais queimadas, um quadro que se agrava à medida que se aproxima o período chuvoso. ´Soma-se a isso, a falta de consciência de muitas pessoas´. Disse, mais, que o 3º BBM realiza um trabalho de conscientização junto aos proprietários rurais, em entidades que representam segmentos da sociedade, escolas, clubes de serviços, dentre outras e orienta as pessoas sobre a forma correta de se fazer a limpeza de lotes e outras áreas, sem a necessidade de uso de fogo. Além disso, estão sendo promovidas oficinas educativas, palestras e distribuição de material educativo.
Os proprietários rurais são orientados a prepararem abafadores para o combate a queimadas e, também, de aceiros, para evitarem que o fogo se propague e se torne de difícil de controle. Segundo ele o período de maior registro de queimadas ocorre entre 14 e 16 horas, quando a vegetação já ressecada perde a pequena umidade proporcionada pelas madrugadas frias e com umidade do ar mais alta.