No mês do Outubro Rosa, o Ministério da Saúde recebeu o primeiro lote do Trastuzumabe Entansina, medicamento de última geração incorporado ao SUS para o tratamento do câncer de mama HER2-positivo — uma forma agressiva da doença que estimula o crescimento das células tumorais.
A remessa, com 11.978 unidades (6.206 de 100 mg e 5.772 de 160 mg), chegou no dia 13 de outubro a Guarulhos (SP).
Desse total, 130 frascos são destinados ao estado de Goiás e serão entregues nesta quinta-feira (23). O medicamento será distribuído à secretaria estadual de saúde, que fará a dispensação conforme os protocolos clínicos vigentes.
Ao todo, serão 4 lotes do medicamento. As próximas entregas estão previstas para dezembro de 2025, março e junho de 2026.
Os insumos atenderão 100% da demanda atual pelo medicamento no SUS, beneficiando 1.144 pacientes ainda em 2025.
“Trata-se de uma medicação muito esperada pela nossa população, que poderá reduzir em até 50% a mortalidade das pacientes com câncer de mama do tipo HER2 positivo. É uma grande vitória para a saúde pública e para o povo brasileiro”, afirmou o diretor do Departamento de Atenção ao Câncer do Ministério da Saúde, José Barreto.
O investimento total é de R$ 159,3 milhões para a compra de 34,4 mil frascos-ampola do medicamento — sendo 17,2 mil unidades de 100 mg e 17,2 mil de 160 mg.
O Ministério da Saúde negociou a compra no valor de cerca de 50% abaixo do mercado, garantindo economia de aproximadamente R$ 165,8 milhões e ampliando o acesso ao tratamento no SUS.
Sobre o tratamento
O medicamento é indicado para mulheres que ainda apresentam sinais da doença após a quimioterapia inicial, geralmente em casos de câncer de mama HER2- positivo em estágio III.
A nova terapia representa um avanço no cuidado, ampliando as opções de tratamento no SUS e oferecendo melhores perspectivas de controle da doença e qualidade de vida.
Além do Trastuzumabe Entansina, o Ministério avança na oferta dos inibidores de ciclinas (abemaciclibe, palbociclibe e ribociclibe) indicados para o tratamento de câncer de mama avançado ou metastático com receptor hormonal positivo e HER2- negativo.
Ampliação de mamografia
Recentemente o Ministério da Saúde anunciou mudança na faixa etária para realização da mamografia no SUS.
A partir de agora o exame está disponível também para mulheres a partir dos 40 anos, mesmo na ausência de sintomas de câncer.
A ampliação da faixa etária fortalece o diagnóstico precoce e o acesso à assistência, especialmente para mulheres que antes encontravam barreiras no sistema público de saúde, como a exigência de histórico familiar ou de sinais clínicos da doença.
Em 2024, as mamografias realizadas em mulheres com menos de 50 anos já corresponderam a 30% do total, ultrapassando 1 milhão de exames. (Com informações do Ministério da Saúde)
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