A partir de 2027, o Brasil terá 18 novos deputados federais, totalizando 531 parlamentares. Isso significa mais gabinetes, centenas de assessores, benefícios e regalias que lembram países muito mais ricos. Não há estimativa oficial do novo custo, mas o impacto no orçamento será significativo, pago por todos os contribuintes, independentemente de renda. O aumento é justificado pela busca da “governabilidade”, mas reforça o contraste entre o tamanho do Parlamento e a realidade econômica do país, elevando ainda mais o peso dos gastos públicos para a população. Rico, remediado, pobre, miserável… Todos nós pagamos esta conta. Tudo, em nome da tal governabilidade.
A ampliação de vagas não ocorre apenas na Câmara dos Deputados, mas também no Senado, assembleias legislativas e câmaras municipais, tudo pago pelo contribuinte. A população arca com salários de presidentes, senadores, deputados, prefeitos, vereadores, vices, suplentes e auxiliares. Recentemente, a Câmara sinalizou ajustes em suas bancadas, mas garantiu que nenhum estado perderá cadeiras; ficaram apenas aumentos. Nesta semana, com aprovação rápida, ficou definido o acréscimo de mais 18 parlamentares, ampliando ainda mais os custos do sistema político sem oferecer cortes ou reduções nas representações já existentes.
E, para melhor juízo, os outros níveis de poder, também, a cada dia que passa, “engordam” sua estrutura, com a criação de novos espaços. O Judiciário e o Executivo não se cansam de aumentar suas representações. Igualmente, à custa do dinheiro resultante dos tributos que a população paga. As prefeituras não se constrangem ao aumentarem o número de suas secretarias, de assessores, de departamentos. Uma extensão, claro, do que ocorre nos governos estaduais e no Governo da União. Os tribunais, em todas as instâncias, seguem o figurino e, também, fazem o mesmo.
Isso gera reflexão sobre a diferença entre o discurso e a prática no Brasil. Enquanto pregam crise, necessidade de enxugar a máquina e cumprir metas econômicas, os próprios poderes constituídos aumentam gastos e ampliam despesas, agindo na contramão do exemplo que cobram do povo. Com essa conduta, perdem moral para exigir austeridade da população, pois é justamente das instâncias oficiais que parte o aumento na gastança e a chamada “farra com o dinheiro do povo”.
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