Mudança também garante ampliação do atendimento a cada novo bairro
construído no município, pelos próximos cinco anos
Cerca de 30 bairros de Anápolis vão passar a receber coleta de lixo com a assinatura do novo contrato entre a Prefeitura Municipal de Anápolis e a Quebec Ambiental, além da possibilidade de incluir novos bairros que forem surgindo no município ao longo dos próximos cinco anos. Outras vantagens são o aumento do número de tratores e caminhões de coleta, e o aperfeiçoamento do trabalho logístico que vai otimizar os trabalhos de capina e roçagem na cidade.
De acordo com a Prefeitura, o valor do contrato anual com a Quebec Ambiental é de R$ 39 milhões. O número de caminhões envolvidos no serviço sai de 12 unidades para 16, trabalhando praticamente em tempo integral (24 horas), com pausas apenas para manutenção. A expectativa é conseguir atender os mais de 300 bairros de Anápolis. “Bairros circunvizinhos da Região da grande Vila Jaiara, por exemplo, vão passar a receber o serviço de coleta de lixo, assim como bairros da Região Extremo Sul”, informa o diretor de limpeza urbana, Yan Castro.
Na prática, todas as ruas pavimentadas receberão o serviço. Yan explica que anteriormente os serviços eram pagos de acordo com o número de equipes e, atualmente, é por produtividade. Com um trabalho logístico melhorado, ele acredita que a otimização de serviços como roçagem, capina e varrição vão dar um salto de agilidade. “No contrato de 2015, era um ônibus para levar três equipes, então quando deixava a última equipe num ponto já havia perdido muito tempo e o mesmo ocorria no retorno. Agora não, cada equipe conta com um veículo de transporte”, afirma. Para fazer esses serviços, existem 12 tratores. Quatro a mais que o contrato anterior, além de todos os equipamentos serem novos, o que, por enquanto, dispensa manutenção.
Empresa Investigada
Em fevereiro de 2020, a Justiça do Tocantins decidiu bloquear R$ 2,5 milhões das contas da Quebec Ambiental, que também faz a coleta de lixo na cidade de Porto Nacional. A medida foi tomada após o Ministério Público Estadual apontar indícios de irregularidades na medição dos serviços da empresa. De acordo com o promotor Vinícius de Oliveira e Silva, os documentos da prefeitura indicam que a empresa recolhe, desde o início do contrato, sempre a mesma quantidade de lixo todos os meses: 1.102,71 toneladas. A falta de variação, de acordo com o promotor, é um indício de que houve falsificação na medição. O Ministério Público Estadual estima que o prejuízo aos cofres públicos pode ser de até R$ 800 mil. O valor do bloqueio é referente ao suposto dano e também para cobrir eventuais multas.
Em sua defesa, a Quebec Ambiental afirmou que não houve indícios de fraude, haja visto que o contrato e o parecer técnico referente ao contrato em apreço é explicito quanto ao quantitativo de lixo urbano a ser coletado, considerando a população do Município. Alegou ainda que a balança do aterro de lixo da cidade estava quebrada e, na falta desta a única possibilidade de aferir o serviço prestado era e de cumprir o contrato. Afirmou ainda que não houve prejuízo ao erário público uma vez que o valor faturado é o valor contratado.