Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga e o governador Ronaldo Caiado elogiam iniciativa do Município. O Hospital Municipal Alfredo Abrahão será uma unidade de porta aberta para vários tipos de atendimentos.
Claudius Brito
Nas palavras do secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, “entregar um hospital não é algo trivial”.
“Hospitais [públicos] nascem e vivem para atender os que sofrem, os mais necessitados”, destaca o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
“Esse hospital vai ser uma revolução na saúde pública em Anápolis”,
afiança o prefeito Roberto Naves.
“Este hospital que o prefeito está entregando funcionando representa a excelência que nós queremos na saúde para o Estado de Goiás”, ressalta o governador Ronaldo Caiado.
As citações dão uma dimensão do que o novo hospital deve representar para a saúde em Anápolis, sobretudo, no momento em que a pandemia do novo coronavírus começa a arrefecer e a população precisa de buscar aquele atendimento que deixou de ser feito por conta das medidas restritivas.
Inaugurado oficialmente na última terça-feira, 09/11, o Hospital Municipal Alfredo Abrahão chega com a responsabilidade de mudanças no atendimento à população na rede pública local, além de quebrar paradigmas, como a capacidade de o Município estruturar um hospital e o que é mais difícil: mantê-lo.
Na terça-feira (09), com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; do secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino; do deputado federal Zacharias Calil; dos estaduais, Amilton Filho e coronel Adailton; do ex-deputado federal e ex-ministro Alexandre Baldy, além de vários vereadores, secretários municipais e estaduais, a unidade foi entregue oficialmente à comunidade.
O governador Ronaldo Caiado não pode estar presente, por conta do funeral do ex-prefeito de Goiânia e ex-governador Iris Rezende.
Ele, entretanto, fez questão de vir no dia seguinte para uma visita à unidade, juntamente com o prefeito Roberto Naves; o secretário municipal de Saúde, Júlio César Espíndola e outras autoridades.
Durante a inauguração na terça-feira, também estiveram presentes duas filhas de Alfredo Abrahão- Maria de Fátima e Mirian Abrahão- esta última, casada com o empresário Samir Hajjar, mais conhecido como Samirão.
Eles são pais da médica intensivista Ludhmila Hajjar, que se tornou reconhecida nacionalmente por sua atuação como médica, pesquisadora e, mais recentemente, foi eleita uma das mulheres mais influentes do Brasil no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.
“Esta homenagem é uma honraria sem igual para toda família”, disse Mirian Abrahão, lembrando um pouco da história do pai.
Parcerias

Para o prefeito Roberto Naves, a conquista é fruto de parcerias com os governos estadual e federal e, também, fruto do trabalho da equipe da saúde.
E, conforme frisou, esse novo hospital representará “um grito de liberdade para a saúde em Anápolis”.
Em seu discurso, o prefeito lembrou que ao assumir o cargo, o Cais Jardim progresso funcionava de forma precária e com situação de insalubridade. “As pessoas que vinham aqui buscar atendimento saiam mais doentes”.
O chefe do executivo destacou que o atual Hospital Municipal, já de muito tempo, conta com uma estrutura obsoleta e sem condição, portanto, de oferecer uma prestação adequada de serviço à população.
Com a pandemia, a Prefeitura montou uma rede própria de atendimento para pacientes da Covid-19 e parte dessa estrutura pode ser alocada para a estruturação do novo hospital municipal.
Vale ressaltar que uma parte da estrutura física ocupa uma parte do antigo prédio do Cais Jardim Progresso e outra parte é nova, ou seja, foi edificada recentemente.
Estrutura
O Hospital Municipal Alfredo Abrahão contará com um total de 75 leitos, sendo 10 leitos de UTI, além de três centros cirúrgicos.
A unidade conta com mais de 3 mil metros de área construída e será um hospital de “porta aberta” para atendimento em ortopedia, traumas e queimaduras.
Além do atendimento ambulatorial (consultas) e exames médicos.
De acordo com o prefeito Roberto Naves, o desenho da nova unidade representará um ganho imensurável em termo de operacionalidade e economicidade.
A gestão do hospital, ainda de acordo com o chefe do Executivo anapolino, será feito por uma Organização Social, nos moldes do que já ocorre na UPA de Perfil Pediátrica que, hoje, conforme assinala, tem uma aprovação popular de quase 100%.
Cirurgias eletivas

Durante a solenidade de inauguração, o secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, sinalizou um repasse de recursos para a realização de cirurgias eletivas. No dia seguinte, o governador Ronaldo Caiado confirmou o aporte de R$ 10 milhões.
O recurso, segundo ele, será repassado à medida em que as cirurgias forem realizadas e os procedimentos auditados.
A previsão é que a verba possibilite o custeio das cirurgias por cerca de três meses, ajudando a reduzir a demanda que ficou reprimida ao longo da pandemia, em razão das restrições de segurança sanitária.
Quando os três centros cirúrgicos estiverem em pleno funcionamento, a capacidade máxima será de até 50 cirurgias eletivas/dia.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou a importância da iniciativa tomada pelo prefeito Roberto Naves e sua equipe de colocar o hospital em funcionamento, contando com a parceria do Governo Federal. Isso, num momento em que o País atravessou e atravessa uma das maiores crises sanitárias causada pela pandemia.
Parte física estrutural nova. E a parte humana ? Será que vão continuar com aqueles funcionários trogloditas? É necessário uma reforma geral.