Cresce o alarmante número de pessoas negras presas no Brasil, segundo dados do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Esse número é o maior já registrado desde 2005, quando os negros representavam 58% dos presos no país. Esses dados escancaram o racismo estrutural presente na sociedade, revelando a seletividade penal com base na cor da pele.
O sistema carcerário brasileiro também apresenta um crescimento preocupante, contando com 826 mil pessoas presas, ultrapassando sua capacidade em 230 mil detentos.
Os mais violentos
Diante dessa situação, o governo se prepara para anunciar medidas específicas para enfrentar a questão, visando a proteção das mulheres e o combate ao racismo.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou que o governo pretende implementar um plano específico para a região da Amazônia, onde a violência tem crescido significativamente.
Além disso, estão previstas operações integradas com os estados e políticas focadas nos 163 municípios mais violentos. Outro ponto a ser abordado é o controle ao armamentismo irresponsável.
O cenário alarmante evidencia a urgência de medidas efetivas para combater o racismo estrutural que permeia o sistema penal brasileiro. A superlotação carcerária e a seletividade penal precisam ser enfrentadas de forma consistente e abrangente.
Discriminação
A discriminação racial no sistema prisional é uma realidade que demanda atenção especial das autoridades e da sociedade como um todo. A implementação de políticas focadas em combater o racismo e promover a igualdade de oportunidades é fundamental para reverter esse quadro preocupante.
É importante destacar que o combate à violência e ao encarceramento em massa não se restringe a medidas punitivas, mas também deve incluir ações voltadas para a prevenção do crime e para a promoção da inclusão social, especialmente das populações historicamente marginalizadas.
É urgente a necessidade de enfrentar o racismo em todas as suas manifestações e trabalhar para construir uma sociedade mais justa e igualitária, onde todas as pessoas, independentemente de sua origem étnica, possam usufruir de seus direitos e viver com dignidade.
Contudo ações concretas e políticas públicas efetivas são fundamentais para combater esse grave problema e promover uma verdadeira transformação social no país.
(Vander Lúcio Barbosa, com informações da Agência Brasil)