Membro da Associação Educativa Evangélica (AEE) lançou livro contando história de uma das maiores personalidades da história do país, de forma bem peculiar
Cândido Mariano da Silva Rondon. Este nome pode ser desconhecido de muitos. Mas, a história faz justiça a esse brasileiro que foi o único no país a receber três indicações para o Prêmio Nobel da Paz e, embora com a patente de Marechal, fez um trabalho de pacificação dos índios que teve reconhecimento internacional, inclusive, do presidente norte-americano Theodore Roosevelt.
Detalhe: a primeira indicação ao Prêmio Nobel para o Marechal Rondon partiu de ninguém menos de um dos maiores nomes da ciência mundial, Albert Einstein.
“Rondon, o Marechal da Paz- A vida de um herói nacional contada por meio da Filatelia”. Esse é o título do livro lançado na última terça-feira, 21, no prédio da Pós-Graduação da UniEVANGÉLICA.
A publicação é assinada pelo professor, pesquisador, historiador, gideão e, claro, filatelista, Maurício Melo Meneses. E, durante o lançamento, ele apresentou o seu livro de uma forma muito peculiar, através de uma performance com uma réplica das vestimentas usadas por Rondon.
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Em tom teatral, o autor fez uma leitura de diversas passagens importantes da vida e do legado deixado ao Brasil pelo Marechal Rondon, desde a sua infância pobre, até um certo dia do ano de 1938, voltando de uma das missões que lhe foram dadas nas matas, foi homenageado pelas mais altas autoridades civis e militares do país.

Antes, o aluno de Benjamin Constant, esteve presente num momento ímpar da história, o Dia da Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, que resultou na derrubada da monarquia e na instauração da república no Brasil.
Marechal Rondon foi também presenteado pela Princesa Isabel, em razão dos artigos que escrevia em defesa da abolição da escravatura.
Atuando em área remota e com tribos indígenas hostis, Rondon tinha um lema: “Morrer se preciso for, matar nunca!”
E foi assim que ele viveu e contribuiu para a integração nacional e para a defesa dos povos indígenas.
As expedições do Marechal Rondon também deixaram imensuráveis legados à ciência, com a pesquisa e catalogação da biodiversidade em várias regiões do país.
Lançado no ano passado, o livro de Maurício Meneses chegou para celebrar os 156 anos de nascimento do Marechal Rondon. A renda do livro tem um caráter altruísta, sendo direcionada a um projeto missionário que tem à frente o seu filho, que ensina teologia para pastores evangelistas em regiões remotas do mundo, como o Nepal e países da África.
Selos
Um fato bastante relevante do livro é que a história de Rondon é contada não apenas nas letras, mas também através de selos. Maurício Meneses é considerado, hoje, um dos maiores filatelistas do país e a construção da saga do Marechal, sob essa perspectiva, faz do livro um importante acervo de pesquisa também nessa área.
Além do que, as ilustrações dão riqueza visual à história desse brasileiro e herói nacional que foi considerado o patrono das comunicações do Brasil.
Não seria um exagero, portanto, dizer que a obra é uma obra prima e que merece lugar de destaque em qualquer estante.
Contribuição
O presidente da Associação Educativa Evangélica, Augusto Ventura, considera que o livro do professor Maurício Meneses é muito importante no sentido de resgatar a história e o legado de uma das mais importantes personalidades do Brasil no século 20.
Ele destaca também o fato de o livro jogar luz na filatelia, na sua opinião, uma arte e uma ferramenta de disseminação de informação.
“É um orgulho, porque o autor tem uma história muito bonita com a nossa instituição e hoje é nosso associado”, pontuou Augusto Ventura.
O reitor da UniEVANGÉLICA, Carlos Hassel Mendes também exaltou a qualidade editorial do livro lançado por Maurício Meneses, que na sua avaliação é uma história rica, boa de se ler e uma referência para a pesquisa.