Crianças, adolescentes e jovens, a quem, filosófica e, imaginariamente, se atribui o comando da Nação Brasileira no futuro, seja ele próximo, médio ou distante, pelo que se tem visto ultimamente, ainda carecem de se aprimorarem em, pelo menos, dois comportamentos sociais indispensáveis: trânsito e finanças. No trânsito porque a relação pedestre/veículo tem sido cada vez mais próxima, mais frequente e mais complicada. A produção de veículos no Brasil cresce em uma dinâmica de impressionar. A cada dia que passa, mais carros, mais utilitários, mais caminhões, mais carretas e, principalmente, mais motocicletas, são despejados aos milhares nas ruas de pequenas, médias e grandes cidades.
E, é por aí que começa o problema: as comunidades, em sua maioria absoluta, não foram e não são preparadas para o recebimento dessa carga impressionante de automotores que passam a rodar em estradas, avenidas, ruas, praças e outros logradouros. Os espaços são irregulares e inadequados, em sua maioria. A segunda parte tão (ou mais) grave é o despreparo de nossos condutores. De uma maneira genérica, o motorista brasileiro está entre os piores do mundo. Grande parte por falta de conhecimento das leis, normas e regras.
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Grande parte, por conta da irreverência, da intolerância, da irresponsabilidade e da (quase) certeza da impunidade em caso do cometimento de infrações e/ou crimes de (e no) trânsito. A atual geração está (praticamente) perdida e, se quisermos ter um trânsito mais humano daqui a algum tempo, é imperativo que comecemos, já, a educar os futuros condutores. Não é por acaso que somos um país recordista em infrações e em acidentes de trânsito.
Outro assunto que deveria preocupar autoridades e o povo em geral, reside no desconhecimento (quase que por completo) de crianças, adolescentes e jovens a respeito das questões financeiro/econômicas. Há uma grande apatia, um certo desapreço e uma quase total indiferença deles em relação a números, a finanças, a dinheiro. Os resultados escolares (com raríssimas e honrosas exceções) são o exemplo disso: a falta de habilidade, o desinteresse e a aversão aos números se constituem num mal quase que crônico entre a juventude atual. Poucos são os que terminam o Ensino Médio com um conhecimento satisfatório de Matemática, por exemplo. Muitos não sabem, sequer, fazer as quatro operações: Adição, subtração, multiplicação e divisão. Elementar. E, não há o que falar de economia e finanças, sem ela, a Matemática.
Então, como é que esse pessoal vai poder lidar, conscientemente, com valores, dinheiros, rendas e outros bens, se não tem conhecimento da matéria. Como irão administrar os bens herdados, e/ou adquiridos, sem esse domínio de situação? Assim sendo, ou o Brasil adota, urgentemente, novos sistemas de ensinar sobre trânsito e sobre economia, ou, a tendência é continuar como sempre esteve: com uma população pobre de cultura e de qualidade de vida, embora seja um dos países mais ricos do mundo.