É fácil superlotar a agenda com tarefas e demandas que surgem constantemente. Wayne Cordeiro, conferencista havaiano, percebeu que não havia mais espaço em sua agenda para atividades pessoais, familiares e recreativas, então, decidiu fazer a agenda a partir de suas férias e não das atividades.
Recentemente encontrei um amigo aposentado que me falou de sua perplexidade. Ele continua com a agenda cheia, apesar de não estar “trabalhando” mais. Na verdade, admitiu que a agenda está com mais compromissos.
Se quisermos ter mais efetividade em nossas atividades, temos de selecionar o que faremos. Neste contexto, quatro perguntas podem direcionar nossas decisões:
1° O que estou fazendo?
Isso tem a ver com minhas prioridades. Mário Sérgio Cortella afirma que prioridade não tem “S”. Há muitas coisas urgentes, que demandam nosso tempo e nos pressionam. São demandas de pessoas, trabalhos e até mesmo o desejo pessoal de agradarmos os outros, de sermos aprovados por eles. No entanto, precisamos nos perguntar e avaliar: o que estamos fazendo?
2° Por que precisamos fazer?
Trata-se de uma pergunta que nos ajuda com a 1° e tem a ver com motivos e valores. Muitas coisas são boas e precisam ser feitas, mas nem sempre deveríamos nos ocupar com elas. Podemos deixar os outros fazerem, podemos delegar. Qual é a razão de fazer isto ou aquilo? Se perguntarmos o porquê veremos que nem sempre o que julgávamos importante deveria ocupar nosso tempo.
3° Com quem estou fazendo?
Eventualmente estamos fazendo coisas boas com pessoas que são tóxicas, que nos sabotam, manipulam e nos esgotam facilmente, retirando nossa alegria. Precisamos recordar que a única aliança que fizemos é a do casamento e precisamos nos esforçar para acertar, para fazermos as coisas caminharem bem, mas há pessoas com as quais não precisamos andar. Sem mágoa ou ressentimento, mas com maturidade e assertividade, temos de nos afastar porque elas esvaziam nosso tanque emocional. Isso vale para a sociedade em um negócio, ambiente de trabalho ou uma parceria. Vale a pena continuar junto?
4° – Onde estou fazendo?
Pode ser que nosso esgotamento não esteja relacionado ao que fazemos, nem com quem fazemos, mas com o local e ambiente de trabalho. As estruturas, escritórios fechados, ruídos excessivos, calor ou frio extremo… isso é, conforto e ambientação precisam ser considerados. Produzimos melhor em ambientes mais arejados, menos alérgicos, sem fungos e mofos. O simples fato de mudar de sala, de endereço, pode motivar uma maior produtividade. Pessoalmente, preciso de claridade e luz para me sentir melhor, arejar minhas emoções. Quando morei nos Estados Unidos, descobri que nos meses mais frios e escuros, meu humor variava muito e me deprimia. Luz, calor e claridade são aliados do meu bom humor.
Faça essas quatro perguntas a você: O que, por quê, com quem e onde? São questionamentos importantes, capazes de trazer à tona conclusões que podem mudar de algum modo nossa rotina, incrementando nossa qualidade de vida.
São perguntas dinâmicas que precisam ser feitas de tempo em tempo.