Passadas as emoções, as alegrias e as decepções reveladas no pleito eleitoral em outubro de 2022, a ficha, de fato, vai começar a cair. Isto, em termos de governabilidade, pois é agora, em fevereiro, que tomam assento os novos deputados estaduais, federais e 27 dos 81 senadores.
É o ano legislativo que dá o start para que a União, os estados e, até, os municípios se enquadram na perspectiva de um “novo tempo e uma nova ordem político/social”.
O Congresso Nacional passou por uma série de mudanças, não só na renovação de quadros, mas, no redirecionamento da parte dogmática e da parte ideológico/doutrinária, devido à eleição de Lula.
Não é segredo para ninguém que seu sistema de agir, sua forma de fazer política e seu perfil, são, por demais, diferentes do que o visto e vivido nos últimos quatro anos, debaixo do governo comandado pelo Capitão Bolsonaro, que não conseguiu se manter no pódio da política nacional.
Assim sendo, muda quase tudo. Em que pese um forte e apaixonante clamor político, advindo de uma das mais acirradas eleições presidenciais de todos os tempos, o Presidente, hoje, é Lula. Político experiente, líder incontestável, embora tenha sido, digamos, rejeitado por quase a metade do eleitorado (49 por cento). Mas é ele quem está “com a caneta na mão” e, dentro do espectro constitucional, com a garantia ensejada pela Constituição Federal, assim o será.
Então, as cartas foram colocadas à mesa. Presidente; governadores; deputados estaduais, deputados federais e senador eleito, mãos à obra. O Brasil precisa avançar. Necessitamos de reformas constitucionais urgentes, de novos parâmetros de desenvolvimento e de sobrevivência. Não temos segurança nem nas cidades, nem no campo. E, agora, nem na selva.
Nossa educação está entre os piores índices do mundo, a saúde pública é um arremedo de projeto. Nossas estradas, nossas ruas e avenida estão esburacadas, temos nove milhões de desempregados.
Esses políticos que acabam de tomar posse, se elegeram (alguns se reelegeram) com a promessas de que se empenhariam para melhorarem a qualidade de vida do povo brasileiro. E a nação inteira espera que, já nos primeiros meses de “nova cara do Brasil” as mudanças comecem a ser vistas e sentidas, para o bem de todos. Não dá para esperar mais.