Advogados vão atuar em seis frentes fiscalizando e colaborando com iniciativas pública e privada
Diante do cenário social mais difícil desde que o vírus chegou a Anápolis há um ano, a OAB ANÁPOLIS se reuniu virtualmente em sessão extraordinária para criar uma comissão especial de enfrentamento à Covid-19. O objetivo é questionar, fiscalizar e cooperar com as iniciativas pública e privada, tanto em ações que amenizem os sintomas, quanto em soluções para atacar as causas do problema. “Somos isentos de interesses, principalmente políticos, somos capacitados e estamos dispostos a dar a nossa colaboração nesse momento decisivo”, declarou o vice-presidente da Subseção Anápolis, Samuel Santos e Silva, autor da proposta.
Para isso, foram criadas comissões para atuação em seis frentes: política, social, privada, técnico-científica, jurídica e de assistência ao advogado. Cada diretor decide onde se encaixar. Na política, os mais aptos vão cobrar soluções e fiscalizar as autoridades. Quanto foi recebido do governo federal e onde está sendo aplicado o recurso? A comissão também vai estar atenta às necessidades e gargalos para atuar nesses pontos como uma força a mais em prol da sociedade.
A frente social vai se ocupar dos efeitos sobre as famílias em situação de vulnerabilidade social, mapeando os problemas, captando recursos e distribuindo alimentos e outros tipos de ajuda aos necessitados. Já a privada, vai ouvir os empresários e canalizar ações para ajudar tanto o setor empresarial, quanto permitir que, aqueles que dispõem de recursos, ajudem. Na técnico-científica, a prioridade é levantar informações confiáveis para orientar a população diante da onda de “fake news” que assola a Internet.
A política vai se envolver com o poder público para otimizar a aplicação de recursos, atuando na fiscalização e na logística. Já na Jurídica, vocação principal da OAB ANÁPOLIS, os advogados vão questionar as leis e decretos aos olhos da constituição. “Entendemos a atual situação de saúde pública. Sabemos se tratar de algo grave e inédito na história, mas não deixamos de observar que os decretos não estão em concordância com os direitos fundamentais previstos na Carta Magna”, enfatizou o presidente da Subseção Anápolis, Jorge Henrique Elias.
A sexta comissão vai defender os interesses da classe. “Não faria sentido criar um esforço tão significativo se não olhassemos a situação dos advogados”, exclamou o presidente. Segundo ele, vários advogados viram suas fontes de renda diminuírem com a pandemia, enfrentando dificuldades.




