Dia desses, o Prefeito Roberto Naves, ao fazer um balanço das realizações de seu governo em 2021 e projetar algumas obras fundamentais para a partir de agora, disse que uma das prioridades é a construção do viaduto para ligar o setor Boa Vista e bairros adjacentes, ao setor Recanto do Sol, outro importante conglomerado urbano de Anápolis.
Ressalte-se que esta obra tem sido, ao longo de vários meses, objeto de propostas político/administrativas. Já foram várias as vezes em que o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, abordou o assunto e disse que tal realização seria “questão de honra para o Governo Bolsonaro”. Também, faz coro ao ministro, o deputado Federal Major Vitor Hugo, então, líder do Governo na Câmara dos Deputados.
Mas, passados vários meses e, na iminência de o ministro deixar o cargo para disputar as eleições de outubro, pintou uma dúvida sobre se a obra ficaria sem um “apadrinhamento”. E, o fato complicador é porque a BR-153, onde deve ser erigido o viaduto do Recanto do Sol, faz parte do pacote de concessões licitadas pelo Governo Federal e vencido pelo Consórcio Eco Rodovias. De acordo com Roberto Naves, a empresa admitiu que tem interesse em realizar a obra, só que, dentro de um prazo de três anos.
Quase R$ 1 milhão serão destinados para projetos artísticos locais
Naves disse, em entrevista à Rádio Imprensa FM, que não concorda com esse tempo e que se a empresa, ou, o DNIT não realizarem a obra, a Prefeitura estaria disposta a fazê-lo, com recursos buscados em outras fontes. Ressalte-se que a história relata fato parecido, quando, nos anos 90, o, então, Prefeito Wolney Martins de Araújo assumiu a construção do Viaduto Ayrton Senna, entrada para o Bairro de Lourdes (local apelidado de “trevo da morte” devido ao grande número de acidentes fatais ali registrados) confiado em um aporte financeiro do Governo Estadual que, na verdade, nunca veio. A obra estava em andamento e Wolney Martins se viu na obrigação de concluí-la com o dinheiro da Prefeitura, que fez falta para outras prioridades, como a quitação das folhas de pagamento que ficaram, por vários meses, em atraso e causaram profundo desgaste político para sua administração. Está registrado na história de Anápolis.