O titular da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa), Pedro Leonardo, está confiante de que o abastecimento de arroz e feijão no estado não será impactado pela tragédia climática que assola o Rio Grande do Sul. Especialistas alertam para a possibilidade de o país precisar importar os itens para equilibrar a produção e conter o aumento dos preços, mas a Seapa segue as previsões da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), que indicam que não há risco de desabastecimento até o momento em Goiás.
Pedro explica que o menor risco em Goiás se deve ao fato de que a produção de arroz e feijão tem sido alta nos últimos anos, com o governo trabalhando ativamente no apoio e no incentivo dessas culturas, fortalecendo assim a segurança alimentar no estado. Enquanto o Rio Grande do Sul concentra cerca de 70% de toda a produção nacional, Goiás tem se destacado no segmento e caminha para se tornar autossuficiente em arroz nos próximos cinco anos, graças às tecnologias empregadas na produção.
Na última safra, o município de Flores de Goiás se destacou ao produzir mais de 60 mil toneladas de arroz, ocupando o primeiro lugar no ranking estadual, seguido por São Miguel do Araguaia e São João d’Aliança. Quanto ao feijão, Cristalina liderou o ranking, e Pedro ressaltou que não há indícios de um possível desabastecimento, destacando que Goiás é o quinto maior produtor nacional, respondendo por quase 10% da produção.
Enquanto isso, o Rio Grande do Sul enfrenta uma situação desafiadora com chuvas e enchentes, resultando em um elevado número de mortes, desaparecidos e desabrigados. O boletim da Defesa Civil desta quinta-feira informou que o estado está enfrentando graves consequências, com previsão de mais chuvas até o fim de semana.