O mais recente estopim foi a ação policial que resultou em mais de 120 mortes, inclusive de agente da segurança, no Rio de Janeiro
No calor dos debates sobre a onda de violência institucional que ocorre no Brasil, a classe política se desperta e propõe uma série de medidas para o combate sistemático ao crime, principalmente, o organizado. Os recentes acontecimentos no Rio de Janeiro afloraram novas faces do debate e trouxeram para a alimentação da polêmica, o sistema institucional de segurança, mais pontualmente as organizações da segurança pública.
Tanto é assim que, representantes das polícias Civil e Militar defenderam mais recursos e mudanças nas leis penais e processuais com vistas a se aprimorar o combate ao crime organizado. O tema foi debatido em audiência pública na comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa Proposta de Emenda à Constituição que trata da integração dos órgãos de segurança pública,
O presidente do Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil, Márcio Gutiérrez, afirmou que a integração das forças é essencial em um país de dimensões continentais como o Brasil, mas, destacou que a falta de investimentos, ainda, é o principal obstáculo. Segundo ele, o orçamento federal destinado à segurança pública é muito inferior ao aplicado em saúde e educação., Por sua vez, o Presidente do Conselho Nacional dos Comandantes-Gerais das Polícias Militares, Renato dos Anjos Garnes, defendeu a criação de novas fontes de financiamento, como a taxação de sites de apostas eletrônicas, as chamadas (bets, para o reforço no orçamento da área.
Reformas Legislativas
Representantes das polícias defenderam mudanças na legislação penal e processual para agilizar o combate ao crime organizado. Márcio Gutiérrez propôs autorização judicial após operações. Aluísio Mendes apoiou e sugeriu punições severas por abusos. Renato Garnes defendeu o fim das audiências de custódia e revisão da progressão de pena. Mendonça Filho quer eliminar progressão para crimes graves. O debate também abordou a interiorização do crime, com facções como PCC e CV expandindo atuação para comunidades do interior, onde há registros diários de ações criminosas. A proposta visa endurecer leis e fortalecer a repressão às organizações criminosas.
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