A nova geopolítica nacional que será vivida a partir de janeiro, com a posse de prefeitos vereadores, eleitos (muitos reeleitos) em outubro último, sinaliza para um cenário econômico, ainda em um contexto de incertezas, embora existam sinais de recuperação e oportunidades para diversos setores. As expectativas são de que o novo ano traga espaços para adaptações, inovações e ajustes econômicos. Muitos dos principais economistas e analistas projetam uma economia marcada pela busca por crescimento sustentável e estabilidade.
Deve ser assim nos pequenos, médios e grandes municípios brasileiros, cada qual com suas tendências e suas características socioeconômicas e culturais. Sobre os municípios de médio porte, caso de Anápolis, a cobrança deve ser maior ainda. Eles não são tão pequenos que necessitem de amparo total dos outros níveis de governo (estadual e federal) nem tão grandes que possam dispensar os apoios para se garantirem. A mão protetora dos governos Federal e Estadual não estaria tão estendida assim, por considerar-se que tais municípios tenham vida própria. Na verdade, a maioria não tem. Arrecada-se muito, mas, gasta-se muito, também.
Estudos mais recentes sobre a macroeconomia apontam que, no Brasil, o crescimento do PIB tem se mostrado mais robusto do que o esperado, com estimativas de crescimento acima de 2% para o ano de 2025. Mas, ainda, é previsão. Não são números consolidados, pois podem ser acima, ou, abaixo do previsto. E, somente o tempo será capaz de confirmar, ou não, as estimativas dos técnicos. Só que, a vida não para. No dia primeiro de janeiro, os novos prefeitos e prefeitas vão se assentar nas cadeiras oficiais e terão pela frente incontáveis desafios, muitos deles que exigirão imediatas tomadas de providências.
Em Anápolis, há uma expectativa diferenciada, pois certamente um novo modelo de governo vai ser implantado. Sai uma administração que durou oito anos e entra uma cujo comandante ainda não experimentou a governança pública. Certo é que por mais otimista que seja, o anapolino está cercado de questionamentos e dúvidas sobre o destino que se reserva para a sua Cidade, pois os desafios são muitos. Os chamados “100 primeiros dias”, cultura que prevalece em qualquer novo governo, seja federal, estadual ou, municipal, serão cruciais para se saber, em tese, como vai ser o comportamento político/administrativo nesta nova e enigmática fase. Antes disso, não há como prever o que vem por aí.
Anápolis evoluiu, muito, nas duas últimas décadas. Houve um crescimento econômico acima da média, avançamos bastante na questão educacional, nos projetos ambientais e em outras áreas de importantes fundamentos. Mas, a população, também, cresceu e, com ela, as demanda aumentaram. Alguns gargalos precisam ser atacados de imediato, como é o caso da saúde pública, do transporte coletivo, da falta de vagas nas creches, do tratamento infraestrutural e da criação de novos postos no mercado de trabalho. Daí, ser fundamental que ocorra “um pacto por Anápolis”, ou seja, a união das forças vivas do Município em volta de um projeto macro que beneficie a todos, sem sacrificar a ninguém. (Por Vander Lúcio Barbosa – @vanderlucio.jornalista)
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