Muita gente se lembra e a história, também, mostra como foi o surgimento dos processos industrializador propriamente dito em Goiás. Até o final dos anos 80, o Estado contava com um sistema meio que primitivo em termos de industrialização, com foco, principalmente, na agroindústria, ou indústria de transformação de alimentos e indústria cerâmica. Existiam poucos projetos em sintonia avançada, profissional e baseada na estrutura de então.
Certamente que funcionavam parques industrias em várias cidades, principalmente em Goiânia, Anápolis, Niquelândia, Itumbiara e umas duas ou três outras comunidades. Anápolis era diferente, pois, sempre foi uma cidade com vocação industrial, facilitada pela chegada da Estrada de Ferro, no final da década de 30, a proximidade com Goiânia que começou a surgir nos anos 40 e muito pontualmente, com o projeto de construção da Nova Capital do País, ou Brasília. A localização estratégica, a existência de propostas incentivadoras de profissionalização industrial, uma delas a implantação da Escola SENAI nos anos 50, conspiravam a favor dessa possibilidade.
O DAIA nasceu, nos anos 70, com algumas poucas indústrias, a maior delas, a Cerâmica e Mineração Nacional (CEMINA), fabricante de pisos e azulejos e que foi a âncora de todo os processos. Outras empresas começaram a surgir, mas, de forma tímida, o que colocava em xeque a ideia de um parque industrial consistente e com futuro assegurado. Tudo isso, pela falta da chamada segurança jurídica e pela ausência de uma política mais moderna.
Foi quando entrou a mão do Governo Estadual, no início da década de 80 comandado à época, pelo estadista Íris Rezende Machado. Das mãos dele, foi enviado à Assembleia Legislativa o inovador projeto de lei que criava o Fundo de Participação e Fomento à Industrialização do Estado de Goiás (FOMENTAR – Lei Estadual 9.489, de 19 de julho de 1984), que veio a ser a redenção da indústria em Goiás. O objetivo era claro: incrementar a implantação e a expansão das indústrias para a promoção do desenvolvimento do Estado.
Tempos depois, o Fomentar possibilitou a Goiás criar um programa de atração de investimentos, o Produzir, que situaria o Estado como uma das opções para investimentos no Brasil. Assim, possibilitou-se às empresas beneficiárias do Programa Fomentar migrar para o Produzir, bem como estas poderiam reformular seus projetos dentro do Fomentar.
A industrialização goiana explodiu de vez. Um dos exemplos é o Distrito Agro Industrial de Anápolis, que ficou pequeno face à demanda. E, só não tem mais empresas porque (ainda) faltam espaços. Há uma proposta em andamento para se concretiza a ampliação de sua área. Esta é a grande aposta do momento. Tomara que seja logo.




