Qual a avaliação que a senhora faz dos primeiros meses de trabalho?
Desde o início do ano, fizemos um planejamento do que era emergencial, como: conseguir escolas para todas as crianças, funcionários e reorganizar os contratos para merenda e transporte escolar. Organizamos no Vivian Park uma nova unidade, que é extensão da Escola Municipal “Cora Coralina” e está na Câmara Municipal a aprovação oficial da escola “Anapolino de Faria”. Vai, ainda, ser construída uma sede definitiva para a Secretaria no segundo semestre. Tivemos que alugar igreja, salão, galpão e hoje todas as crianças estão em sala de aula. Fizemos duas chamadas de professores que foram aprovados no concurso público: em fevereiro foram 150 e, em março, 52 profissionais o que já tem atendido, razoavelmente, o déficit existente em Anápolis.
Por falar em concurso, o que houve com os aprovados que não compareceram?
Os motivos são diversos. Alguns por que arrumaram emprego antes do chamamento, outros por não residirem em Anápolis. O concurso era atrativo, mas atrasou o chamamento.
Na administração anterior o Sindicato dos Professores realizou diversos movimentos em prol do plano de carreira. O que tem sido feito para viabilizar essa relação?
Desde que assumi a pasta temos uma relação boa. Eles trouxeram alterações do plano de carreira e estamos trabalhando juntos nesse projeto. Além disso, é nossa prioridade a valorização do professor. Estando motivados, vão ter um rendimento maior e quem ganha são os alunos e nós que fazemos parte da Educação de um modo geral.
O que a Secretaria pretende fazer ainda este semestre?
Estamos terminando o planejamento de obras. As escolas vão iniciar o processo de reforma. Vão receber 35 laboratórios de informática do ProInfo e também laboratório multifuncionais que atendem a crianças com necessidades especiais.
A Secretaria, no início do ano, recebeu diversas críticas quanto à qualidade da merenda escolar. Como está sendo trabalhada essa questão?
De modo geral, a merenda tem uma tradição de ser boa. Mas nesse início de ano tivemos que refazer o pregão para as aquisições. Houve uma redução da diversidade alimentar no lanche dos alunos, mas o pregão já foi feito e os últimos lotes estão sendo homologados. Esperamos que no próximo mês já esteja tudo normalizado.
A Secretaria tem feito reivindicação à Administração Centralizada?
Sim. Porque ainda temos muita coisa necessitando de investimentos. Exemplo disso é a qualificação dos professores e a reforma das escolas. A questão da qualificação é uma das prioridades. Os pais reclamam da autoridade deles na sala de aula, mas também há casos de que os filhos chegam às escolas sem limites, os professores tem que assumir função da educação que é dos pais e não deles. Então, estamos trabalhando com centro de formação na qualificação dos professores para a melhoria do ensino em Anápolis. Diagnosticamos que há deficiências como preparação e atualização dos docentes.
Quanto é a folha atualmente da Educação?
Temos uma folha de quase quatro milhões de reais. Os recursos são do Fundeb e a Prefeitura faz o aporte, a complementação, dos gastos. Até o momento os recursos estão sendo suficientes.
Como a senhora encontrou secretaria?
Encontramos um déficit de professores, várias escolas com problemas na parte física e é claro a qualificação dos professores. Este ano temos que alcançar a meta do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Hoje estamos com um índice 4,1 e a meta nacional é seis. Tem escolas que estão mais baixas.
Para a educação básica as metas estão claras e para quem está se preparando para o vestibular? Tem previsão do retorno do cursinho municipal?
Para esse ano não. O município só pode atingir outros níveis educacionais se conseguirmos atender o nível básico. E por enquanto não sobram recursos para que a secretaria assuma essa responsabilidade, nem mesmo com corpo docente para isso.
Os alunos da zona rural em épocas de chuva sofrem para chegar até à escola. O que está sendo feito para levar educação a esses alunos?
Para esses alunos fizemos uma triagem das rotas de ônibus e as condições das estradas. Temos alunos de Joanápolis, Goialândia, Interlândia e Souzânia. A responsabilidade pelas estradas é da secretaria de Desenvolvimento Urbano. No início do ano foi feito um trabalho paliativo para que os estudantes não ficassem ausentes das aulas e desde o início deste mês estão fazendo um serviço efetivo.
Dados da Secretaria de Educação
– 17 unidades de Educação Infantil (creches) atendem a 3.000 crianças.
– 1.500 professores ministram aulas para 30 mil alunos.
– Não existem crianças da educação básica fora da sala de atual.
– Cerca de nove mil crianças estão fora da educação infantil.
Anunciada a Primeira Edição do Enem dos Professores
A PND poderá ser usada como método único ou complementar para a contratação de docentes A Prova Nacional Docente (PND),...