Em áudio, o representante ressalta que a igreja tem seus valores fundamentados em Jesus Cristo e nome de pessoas ou partidos não devem ser uma orientação da casa
Ana Rita Noronha
Após as polêmicas envolvendo o candidato Antônio Gomide e o padre Genésio Lamunier Ramos, o bispo auxiliar da Diocese de Anápolis, Dom Dilmo Franco, disponibilizou um áudio a imprensa goiana, na última quinta-feira, 30/10 no qual ele explica a posição da igreja em relação à política.
“A igreja não é partidária. Porque nós reconhecemos que temos pessoas em nossas assembleias de todos os partidos e todos têm o direito e a liberdade de escolher aqueles nos quais vão votar. A igreja tem os seus valores fundamentados em Jesus Cristo. Quando se fala o nome de pessoas e partidos, essa não é a orientação da igreja. Apontamos valores para que as pessoas se orientem em quem votar”, explicou.
Situação
Tudo começou quando o padre em questão gravou um vídeo, no dia 18 de outubro. Nele, Genésio diz que era petista e foi curado. O sacerdote ainda destacou, durante a pregação, que votou em Antônio Gomide duas vezes, mas que o petista não teria terminado o mandato. “Você tem liberdade de escolher, mas deve fazer tudo para o PT não voltar, completou o religioso durante a missa.
Ao ver o vídeo, Gomide entrou com uma ação por danos morais contra o Genésio por difamação e calúnia. O candidato à prefeitura de Anápolis pede uma indenização de R$ 20 mil.
Continua
Após a confusão, Genésio afirmou, em seu terceiro vídeo, feito em um espaço aberto e divulgado nas redes, que o PT foi desonesto com Anápolis e, da mesma forma que o Brasil não quer Lula, Temer ou Dilma, a cidade não quer Gomide.
Ao fim do vídeo mais recente, o religioso convocou padres, pastores e bispos para usar a palavra contra o PT e ainda disse que fará quantos vídeos for preciso.
Diocese de Anápolis
O Portal CONTEXTO chegou a pedir um posicionamento da Diocese de Anápolis sobre os últimos eventos. Em resposta, a administração enviou uma carta da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), região Centro-Oeste.
Segundo o texto “a igreja não é partidária, mas busca conscientizar o eleitor e incentivar os fiéis leigos que se sentem chamados a representar o povo com um mandato político”.
A carta ainda ressalta a importância de pesquisar sobre o candidato e que os eleitores observem se o postulante tem o nome envolvido em corrupção, ou, usem de notícias falsas para se promover. Entretanto, o texto, em nenhum momento, falam nomes ou partidos políticos.
Padre sem vergonha, quer usar o pulpito da igreja pra falar de politica. a Opinião dele é pra guardar pra ele não pra incitar os seus fiéis a ter ódio de um candidato ou partido
O Padre está certíssimo. Jesus também se exaltou perante os fariseus.
No entanto ele nunca disseminou o ódio, como este padre está fazendo. JESUS exalava amor, até msm quando cobrava mais firme os fiéis.
Simplesmente uma aberração. Um sacerdote até pode ter opinião política como qualquer brasileiro, mas estimular e regar o ódio, não faz parte da doutrina cristã. A ordem recebida de Paulo é fazer discípulos e não de fomentar o discórdia. Existem bons e maus cristãos e o reverendo este está flagrantemente do lado do mal. É admissível que qualquer pessoa tenha uma preferência política tanto quanto religiosa. No meio cristão, entretanto, não é salutar nem aconselhável a utilização do púlpito para espalhar a discenso e acusar explicita, consciente e deliberadamente pessoas por pensarem diferente, chamando-as de DESONESTAS. Vá ver que também é intolerante com outras religiões, principalmente as afro..