Descoberta e revelada no início dos anos 80, a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, ou, AIDS na versão popular, ainda é uma ameaça à saúde pública
Nos últimos 10 anos (entre 2015 e 2025), conforme dados da Secretaria Estadual da Saúde, Goiás teve o registro de 25.100 casos de HIV e Aids em adultos. O dado positivo é que as ocorrências de Aids, que representam a fase avançada da infecção, continuam em queda, assim como o número de óbitos, que teve redução significativa nos últimos anos. Esse é um reflexo direto do acesso gratuito ao teste e ao tratamento oferecido pelo Sistema Único de Saúde, que transforma a infecção em uma condição tratável e com qualidade de vida. Esses dados foram apresentados esta semana durante as celebrações alusivas ao Dezembro Vermelho, que marcam a luta contra a doença.
Todavia, apesar dos avanços, os dados mostram que a transmissão do HIV ainda está ativa, especialmente entre pessoas jovens e adultas. O boletim indica que 29.503 pessoas vivem com HIV em Goiás, mas parte desse público ainda não está com acompanhamento regular: 5% não estão vinculados aos serviços de saúde e 15% não iniciaram ou interromperam o tratamento. De acordo com a Secretária Estadual de Saúde, Flúvia Amorim, “é o tratamento que impede a transmissão do vírus. Pessoas que utilizam a terapia antirretroviral e atingem carga viral indetectável não transmitem o HIV por via sexual” Ela orienta a população a procurar as unidades de saúde para fazer o teste sempre que houver situação de risco, como relações sexuais sem preservativo, e reforça que o diagnóstico precoce permite iniciar o tratamento rapidamente, evitar complicações e proteger outras pessoas.
Formas de tratamento
A Secretaria Estadual de Saúde destaca que o SUS oferece estratégias de prevenção ao HIV, como profilaxia pré e pós-exposição, preservativos gratuitos e testagem rápida e sigilosa. O órgão reforça a importância do combate ao preconceito, que ainda afasta pessoas dos serviços e dificulta o diagnóstico precoce. Estatísticas regionais apontam maior concentração de casos nas regiões Central, Centro Sul, Pirineus, Sudoeste I, Entorno Sul e Sul. A Secretaria seguirá com ações educativas e prevenção combinada, orientando dirigentes municipais. É essencial que todos conheçam as formas de prevenção, façam testes regularmente e iniciem tratamento imediato quando necessário.
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