A preocupação com a vida no planeta terra é um assunto que está na ordem do dia dos países, particularmente, em razão das mudanças climáticas que estão acontecendo e que afetam a todos, as nações mais ricas e as mais pobres, indistintamente.
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Sem exageros, não é uma versão de filme de apocalipse, mas essa é uma questão urgente e que, de fato, deve adentrar cada vez mais ao nosso cotidiano.
E, enquanto as lideranças mundiais debatem o tema de uma forma mais ampla, nós, na nossa cidade, temos também como dever de casa fazer a nossa parte para preservar os nossos recursos naturais: a fauna, a flora, a água e até mesmo o ar que respiramos.
E quando se fala em preservação, a educação caminha par e passo.
Anápolis tem ao longo dos últimos anos se empenhado em fazer o dever de casa na questão ambiental. A cidade tornou-se referência ao ser uma das primeiras em Goiás a resolver o problema dos lixões a céu aberto.
Um deles existia bem próximo da Base Aérea, não muito distante de onde os caças Mirage faziam manobras para pousos e decolagens. Um perigo.
Além do que, nesse mesmo lixão, dezenas de famílias, algumas com crianças, tiravam dali o sustento em condições totalmente insalubres.
Na época, a sociedade se mobilizou, o Ministério Público passou a exigir uma mudança de realidade e ela ocorreu alguns anos com a implantação do Aterro Sanitário.
Algumas famílias de catadores ainda permaneceram por um tempo no Aterro, até que no devido amparo legal elas foram retiradas e foram criadas as cooperativas de reciclagem.
Apesar da polêmica que isso gerou, foi também um avanço na política ambiental, porque no bojo dessa ação, as pessoas começaram a se conscientizar mais sobre a necessidade, por exemplo, de descartar de forma diferenciada os resíduos sólidos daqueles descartáveis, que podem ser reaproveitados.
Esse processo de conscientização passou também pela mobilização de estudantes, porque eles foram e continuam sendo multiplicadores em potencial das questões envolvendo meio ambiente e cidadania.
Pró-Água
Premiado nacional e internacionalmente, o Pró-Água, programa voltado para fomentar políticas públicas para preservação de nascentes, fortalecimento das bacias, recomposição de matas ciliares e outras iniciativas que visam proteger o ciclo das águas.
O pró-Água foi criado em 2017 e de lá para cá, veio incorporando mais força, colecionando prêmios e virou lei municipal (Lei nº 41.018 de 8 de fevereiro de 2021).
Mais uma ferramenta que o município adicionou nas suas práticas de aliar o desenvolvimento à preservação ambiental, ou seja, a sustentabilidade.
Visitas ambientais
Inaugurado em dezembro do ano passado, o Jardim Botânico traz na sua concepção um componente importante, além da valorização do espaço verde e das águas existentes em uma região nobre da cidade, onde funcionou por vários anos o tradicional Clube Ipiranga.
Junto com essa estrutura, a Secretaria Municipal de Obras, Serviços e Meio Ambiente, está desenvolvendo ali um projeto de educação ambiental envolvendo crianças, adolescentes e até grupos de idosos.
Segundo o diretor de Meio Ambiente da pasta, as visitas podem ser agendadas por telefone (3902-2684).
Nessas visitas guiadas, os grupos vão conhecer não só a estrutura em si do lugar, mas o trabalho ali desenvolvido para a catalogação de espécies de plantas e o monitoramento das nascentes de água. E são várias.
Outra opção, na mesma linha, é oferecida através do Viveiro Escola, no final da Avenida Universitária. Da mesma forma, os solicitantes poderão conhecer o lugar e o trabalho realizado. Os viveiristas mostram como deve ser o manejo de cada espécie de planta e mostram também como funciona a compostagem, para a transformação de resíduos em adubo natural.