O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), com referência ao módulo temático de Tecnologia da Informação e Comunicação. Os dados refletem a situação no Brasil e nas unidades da federação.
Em 2024, segundo o levantamento, o percentual de pessoas de 10 anos ou mais que utilizaram a internet foi de 94%. Esse índice foi o segundo maior do país, atrás apenas do Distrito Federal (95,1%). O percentual nacional foi de 89,1%.
Em 2016, o percentual de goianos na internet era de 71%. Portanto, houve um avanço, até 2024, de 23 (p.p.) pontos percentuais.
No país, a diferença entre os valores de 2016 (66,1%) e 2024 (89,1%) também é de exatamente 23 p.p., embora o resultado nacional tenha se mantido sempre abaixo do goiano.
Um recorte interessante da pesquisa revela que os idosos de Goiás estão mais conectados. De acordo com a PND Contínua, em 2016, o percentual de pessoas de 60 anos ou mais que utilizaram era de apenas 21,5%. No ano passado, saltou para 77,3%. Um avanço, no comparativo, de 55,8 p.p.
No Brasil, o percentual saiu de 24,7% em 2016 para 69,8% em 2024. Um incremento no comparativo de 45,1 p.p.
No ranking por unidades da Federação, ainda considerando os idosos acima de 60 anos ou mais que utilizaram internet, o Distrito Federal (84,8%) aparece em primeiro lugar, seguido por Roraima (80,3%), Rondônia (79,5%), Rio de Janeiro (78,1%) e, então, Goiás (77,3%).
Quanto aos demais grupos etários, aquele que, em Goiás, sinalizou o maior percentual de usuários da internet foi o de 25 a 29 anos (99,4%).
Além da faixa de 60 anos ou mais, o único a apresentar resultado abaixo de 90% foi o de 10 a 13 anos (89,1%), com ligeira queda em relação a 2023 (90,3%).
Destaca-se, ainda, o crescimento da parcela de pessoas de 50 a 59 anos que fazem uso da internet – desde 2016 (52,7%), houve um avanço de 41,8 p.p. até 2024 (94,5%).
No celular
Em relação ao tipo de equipamento usado para acessar a internet, a pesquisa traz quem em Goiás, o meio mais utilizado é o telefone móvel celular.
Conforme a pesquisa, 43,2% dos usuários usam somente o celular para acessar a internet, considerando os dados de 2024 de pessoas com 10 anos ou mais de idade. Sem excluir outros equipamentos, o percentual sobe para 99,1%. Por meio de microcomputador ou tablet (33,1%); pela televisão (46,4%).
A PNAD Contínua destaca também que 97,5% das pessoas com 10 anos ou mais de idade usaram o celular, em 2024, para conversar por chamadas de voz ou vídeo.
95,1%, para enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mails. 92,8% para assistir vídeos, inclusive programas, séries e filmes.86,2% para ouvir música, rádio ou podcast. 85% para usar redes sociais. 74,2% para acessar bancos e outras instituições financeiras.
Ainda, tem-se: 72,6% para ler jornais, notícias, livros ou revistas. 61,7% para enviar ou receber e-mails. 44,8% para comprar ou encomendar bens e serviços. 42,7% para acessar algum serviço público. 27,9 para jogar (pelo videogame, celular, computados, entre outros). 12,9% para vender ou anunciar bens ou serviços.
Quanto ao grau de instrução dos usuários acima de 10 anos, somente os sem instrução e com ensino fundamental incompleto ficaram abaixo da casa de 90%. Nesse nível citado, foi de 84,2%. Nos demais, tem-se: fundamental completo (95,8%); médio incompleto (98%); médio completo (98,5%); superior incompleto (99,6%) e superior completo (99,4%).
Na análise por sexo, observa-se que a proporção de mulheres que eram usuárias da internet sempre foi maior que a de homens, desde 2016. Os dados mais recentes, de 2024, apontam uma diferença de 2 p.p. entre os percentuais – 95,0% para as mulheres, contra 93,0% para os homens.

Telefone fixo
Outro recorte interessante na pesquisa do IBGE é com relação ao percentual de domicílios que já não usam o telefone fixo convencional.
Em Goiás, quando começou o levantamento, o percentual era de 72,8%. No ano passado, chegou a 94,7%. OU seja, um aumento de 21,9 p.p. dentro do período.
Segundo o levantamento, em Goiás, apenas 149 mil domicílios (5,3%) contavam com telefone fixo em 2024. A tendência de diminuição do uso do eletrodoméstico ao longo do tempo também é percebida no cenário nacional: entre 2016 e 2024, a parcela de residências sem o aparelho aumentou de 67,4% para 92,5%. (Com informações do IBGE)
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