Um problema, diga-se de passagem, que não é exclusivo de Anápolis, mas uma espécie de fenômeno social impulsionada por vários “gatilhos”. Seja por questões de saúde física e/ou mental; pelo uso de bebidas e outras drogas; um conflito familiar; ou, mesmo, pelo fato de que algumas pessoas se impõem ao isolamento social.
De qualquer forma, sem pré-julgamentos, são pessoas que necessitam de atenção, empatia e apoio, sobretudo, por parte do poder público.
A Prefeitura de Anápolis acaba de entregar a reforma e a ampliação do Centro Pop, que é o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua, que leva o nome e uma homenagem ao ex-servidor público Bauer dos Reis.
O novo prédio, resultado de um investimento na casa de R$ 1,2 milhão, foi totalmente reconstruído, inclusive, observando a questão da acessibilidade. Todos os ambientes foram readequados, oferecendo melhorias tanto para os acolhidos quanto para os servidores que atual na unidade.
Até, mesmo, um canil foi implantado dentro da edificação, já que muitas pessoas em situação de rua, ficam acompanhados com os seus animais domésticos de estimação.
Anápolis é referência e, com toda esta estrutura pronta para receber quem precisa, daremos dignidade e vamos ter mais condições de trabalhar para tirar essas pessoas da rua”, afirmou o prefeito Roberto Naves, durante a inauguração.
Vale ressaltar que o Centro Pop Bauer do Reis tem capacidade abrigar em torno de 60 pessoas, as quais contam com atendimento especializado, quatro refeições diárias, espaços para higienização, roupas e agasalhos, cobertores e corte de cabelo.
Além disso, também realiza cadastramento nos serviços disponíveis e encaminha usuários para as comunidades terapêuticas e casas de passagem.
“É um espaço importante para que nós possamos começar a mudar a realidade dessas pessoas”, destacou a primeira-dama e deputada estadual Vivian Naves.
Além da estrutura
Voltando, no entanto, ao início da matéria, lá no churrasquinho do Jundiaí. Foi lá que chamou atenção o trabalho da equipe social.
Um homem carregando um carrinho e cercado por dois cães, em visível estado de embriaguez, sentou-se na calçada e de longe dava para ver que ele tinha uma pequena faca na cintura da calça e com a ponta quase encostando no seu próprio corpo.
Alguém acionou a equipe social- já era início da noite- e quando ela chegou, o homem estava agitado (mas não agressivo).
Eram três servidores. Eles chegaram, conversaram, retiraram da cintura dele o objeto cortante e o colocaram dentro do veículo.
Logo em seguida, tiveram o cuidado de também pegar os cães. O carrinho foi levado por outro, para um lugar seguro.
A Polícia Militar esteve no local, mas só acompanhou.
No final das contas, o homem foi levado para o local de atendimento. Ele poderia ter se machucado, inclusive, mas na ação, muito rápida e precisa, isso foi evitado.
Este é um exemplo entre muitos casos. E mostra a importância de a cidade ter um equipamento público para atender a esse grupo de pessoas. E, mais importante, ainda, ter pessoas que fazem do seu trabalho, às vezes anônimo, um serviço de grande relevância para a sociedade.
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