Todo ano, durante o período chuvoso, Anápolis sobre vários tipos de problemas decorrentes de um planejamento urbano mais consistente. Isso vem de décadas. Não é problema da atual administração e nem da última.
Por Vander Lúcio Barbosa
Na década de 1990, na gestão do então prefeito Anapolino de Faria, quando se discutia já naquela época o Plano Diretor, caiu como uma tempestade a proposta para que os imóveis da cidade pudessem reservar um pequeno espaço para a permeabilização do solo, ou seja, para permitir a infiltração da água da chuva.
Se, desde então, essa proposta tivesse em curso e sendo colocada efetivamente em prática, não teríamos o cenário de alagamentos que temos hoje na cidade.
Mas não é só isso, antigamente, a legislação não era tão rígida quanto a observação de se construir perto de mananciais e, dessa forma, edificações surgiram onde não deveriam estar. Exemplo do prédio antigo do Centro Administrativo e do Fórum. Entre outros.
Não para por aí, na região central e em outras regiões de Anápolis, não se investiu na troca das tubulações de água e esgoto e, como tem se tornado recorrente, grandes buracos surgem da noite para o dia em ruas e avenidas.
É um problema grande, complexo, que não se resolve da noite para o dia. Necessário se faz, pois, um planejamento com ações para curto, médio e longo prazo, envolvendo o poder público e vários outros atores da sociedade organizada, além de concessionárias de serviços públicos.
O Plano de Macrodrenagem é uma ferramenta que o município pode dispor, com as chamadas Soluções Baseadas na Natureza. Mas, além disso, a infraestrutura urbana requer também investimentos pesados que o orçamento municipal não suporta e, por isso, é necessário ter projetos para buscar recursos, seja em outros entes governamentais, seja algum tipo de financiamento específico.
Mas, planejar é preciso.
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