As sessões da Câmara Municipal foram marcadas por tensão elevada e não com embates entre situação e oposição, mas dentro da base do prefeito e envolvendo o líder, Jean Carlos e o vereador Jakson Charles. Em Brasília, a tensão está concentrada no julgamento dos réus da ação penal sobre um possível golpe de estado, que inclui entre o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Tensão máxima
“Declaro encerrada a sessão!”. Foi assim que a presidente da Câmara Municipal, vereadora Andreia Rezende (Avante), encerrou a sessão ordinária da Câmara Municipal da última quarta-feira (3/9).
Diga-se de passagem, uma sessão com tensão máxima por conta de do bate e rebate entre vereadores, sobretudo, entre os vereadores Domingos Paula (PDT) e José Fernandes (MDB), de um lado, e Jakson Charles (PSB) e Jean Carlos (PL) de outro.
A temática dos embates foi a mesma: a situação do transporte coletivo. Palavras de baixo calão e troca de “gentilezas” pontuaram um debate que deveria se dar no campo da razão, do bom senso, do equilíbrio. É o que pede o momento e o assunto delicado que está sendo tratado.
Fora da base
Na discussão entre o líder do prefeito, Jean Carlos (PL) e o vereador Jakson Charles (PSB), o tempo fechou feio. Os ânimos ficaram bastante exaltados e, durante sua fala, Jakson Charles anunciou não fazer mais parte da base.
Na verdade, conforme ele mesmo disse, não será mais liderado pelo colega Jean, mas seguirá ao lado do prefeito com o qual- disse- tem uma relação de amizade e que nunca foi convidado ou pediu para ser líder do Executivo.
Esse acirramento, aliás, não é bom nem para os vereadores e nem para o prefeito Márcio Corrêa (PL), que tem uma base sólida de apoio no Legislativo e assim quer mantê-la visando a governabilidade de sua gestão.
Julgamento de Bolsonaro
Durante a semana, o julgamento dos réus na Ação Penal 2668 que corre no Supremo Tribunal Federal, foi destaque na mídia tradicional e nas redes sociais, já que um dos principais envolvidos é um ex-presidente da República, que é acusado de uma trama golpista.
Mas, independente do cerne que envolve esse imbróglio jurídico, foi notável que essa exposição do julgamento serviu em alguns momentos de holofotes para advogados.
Contudo, faz parte do jogo. O que é mais importante é concentrar esforços em entender quais serão as lições e as marcas que esse julgamento deixará para o maio jurídico e para o político.
Certamente, muitos desdobramentos virão assim que a sentença for anunciada.
Desembarque
O anúncio de desembarque do União Brasil (UB) e do Progressistas (PP) do governo Lula acendeu a luz de alerta.
As duas legendas, que vão formar a federação União Progressista, obviamente não sai do governo por um mero acaso. Isso já é uma clara movimentação em relação à sucessão presidencial no ano que vem.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), comemorou esse desembarque, porque sempre teve uma postura crítica em relação ao PT e ao governo Lula.
Agora, isso também não quer dizer que isso fortalece seu projeto de disputar a Presidência da República. Muita água ainda vai rolar por debaixo da ponte.
- A vereadora Thaís Souza (Republicanos), anunciou a destinação de uma emenda de R$ 300 mil da deputada Vivian Naves (PP). Esse recurso será utilizado, conforme ela adiantou, para dois mutirões de castração de animais.
- O deputado federal Samuel Santos (Podemos) esteve na Câmara Municipal e colocou o mandato que vem exercendo à disposição dos vereadores para poder correr atrás de demandas da cidade e da população.
- O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) esteve recentemente em Anápolis e foi questionado sobre seu projeto político para 2026. Ele foi cauteloso e afirmou que ainda é cedo para essa discussão. Mas, seus correligionários estão certos de que Marconi estará no “jogo”. Resta saber, o lado que vai jogar: Senado, Governo ou Cãmara Federal.
- Que também se movimenta, com olhos lá em 2026, é o vice-governador Daniel Vilela (MDB), que é o virtual candidato de Caiado à sua própria sucessão. Embora tenha essa vantagem Vilela sabe que terá de trabalhar muito ainda.
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