A Polícia Civil de São Paulo abriu um inquérito contra Pablo Marçal, influenciador digital e candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, após uma denúncia de um ex-participante do reality show “La Casa Digital 3”. Marçal está sendo investigado por causar “perigo para a vida ou saúde de outrem”, uma contravenção penal que tramita na 2ª Vara Criminal e do Júri de Itu, no interior paulista.
Histórico de controvérsias
A abertura do inquérito acontece em meio a um histórico de decisões judiciais contra Marçal, incluindo uma sentença de 2022 que o proíbe de realizar atividades em ambientes naturais, como picos e montanhas, sem autorização prévia das autoridades competentes. A decisão foi motivada por um incidente no Pico dos Marins, onde Marçal teria colocado em risco a vida de 32 pessoas durante uma expedição que terminou de forma desastrosa.
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Denúncia de violência e negligência
O novo boletim de ocorrência foi registrado em maio na Delegacia de Serra Negra por Luiz Godoy, ex-participante do reality show apresentado por Marçal. Segundo Godoy, ele e outros participantes foram submetidos a situações perigosas e humilhantes durante as gravações do programa. O denunciante afirma ter sido vítima de agressões físicas e verbais, incluindo socos na barriga e ofensas como “trouxa” e “bosta”, supostamente para “desbloquear a mente” dos participantes.
Relato detalhado das agressões
O depoimento de Godoy, que durou cerca de duas horas, descreve um cenário preocupante. Ele relata que os participantes foram forçados a realizar uma prova perigosa em um lago, sem coletes salva-vidas ou a presença de bombeiros e médicos. Além disso, Godoy afirma que foi fisicamente agredido por um dos mentores do programa, Rafael Francele, que teria desferido socos e o empurrado contra a parede, rasgando sua camiseta e o humilhando na frente dos outros participantes.