Operação que investiga fraude no Ipasgo acontece também em São Paulo e outras cidades do Estado de Goiás
O Grupo Especial de Combate à Corrupção (Geccor) da Polícia Civil cumpre mais uma fase da Operação BackDoor II. O objetivo é apreender computadores, celulares, documentos, contratos, extratos bancários e quaisquer outros elementos de informação atinentes aos investigados e sua relação com o Ipasgo. Ao todo, são 53 mandados de prisão e de busca e apreensão, cumpridos nas cidades de Goiânia, Anápolis, Ceres, Aparecida de Goiânia, Inhumas, Itapaci, Jaraguá, Caldas Novas, Rialma, São Patrício e São Paulo, em desfavor de 25 pessoas físicas e 27 pessoas jurídicas. A ação conta com a participação de 236 policiais civis e apoio de 50 peritos.
Na primeira fase da operação, realizada em julho do ano passado, foi apurado que vários dos servidores envolvidos no esquema eram terceirizados de uma empresa contratada pelo Ipasgo, motivo pelo qual se instaurou outro inquérito com o objetivo de apurar a relação entre a empresa e o instituto. A investigação identificou três formas que os investigados usavam para fraudar as auditorias médicas. A primeira acontecia automaticamente com a ajuda de um robô. A segunda, por meio de empresas terceirizadas e a terceira através de médicos a serviço terceirizados. Com essas estratégias, as contas a receber do Ingoh foram aprovadas sem cortes, as chamadas glosas nas notas fiscais, e com faturamento até 10 vezes superior ao recebido pelas demais clínicas credenciadas, causando um prejuízo estimado em R$ 50 milhões.