A falta de espaços satisfatórios para o funcionamento da Polícia Civil em Anápolis nunca foi segredo. Ao longo dos anos, e até décadas, delegacias funcionam em situações precárias, em imóveis alugados e em áreas cedidas. São poucas as sedes próprias, assim mesmo, várias delas, de forma inadequada. Alguns distritos policiais funcionam em casas residenciais adaptadas e, certamente, não oferecem as condições de funcionalidade essenciais para o bom desenvolvimento do trabalho. Na sede da Terceira Regional de Polícia Civil, que atende a Anápolis e várias outras cidades, além do Gabinete do titular, ainda foram instaladas várias outras especializadas e distritais.
A Delegacia de Vigilância do Menor (nas instalações da Terceira Regional), assim como a Delegacia da Mulher (Rua Anhanguera, Praça Lucimar de Melo), estão funcionando em imóveis precários. O Terceiro Distrito Policial funciona em uma casa adaptada, no Bairro Jundiaí, enquanto que o Quarto Distrito, há anos, está, também, em uma casa adaptada, na Vila Jaiara. Outras improvisações verificadas são os casos do Grupo de Combate aos Narcóticos (GENARC), na Rua Leopoldo de Bulhões e a Delegacia de Homicídios, também, no prédio da Terceira Regional. Soma-se a isto, o fato de o quinto Distrito Policial estar funcionando em uma sala cedida pela empresa concessionária da Estação Rodoviária. Ressalte-se que, ultimamente a Polícia Militar em Anápolis tem sido contemplada com importantes projetos de ampliação, como a implantação de mais um Batalhão, a manutenção da 24ª Companhia Independente e novas instalações para a Companhia de Policiamento Especializado (antigo GOE) na Cidade Jardim. Sem contar o aumento do número de viaturas e equipamentos disponibilizados.
Agravantes
Para piorar a situação, a Prefeitura solicitou, recentemente, a desocupação de dois imóveis que estão cedidos à segurança Pública. Trata-se da sede do Segundo Distrito Policial, na Rua General Joaquim Inácio, onde funcionava o setor de Merenda Escolar e que a Secretaria de Serviços Sociais quer reaver para instalar vários projetos de sua competência, assim como as salas onde está colocado, de forma improvisada há anos, o Sétimo Distrito Policial, no Centro Integrado de Apoio à Criança, localizado no Conjunto “Filostro Machado Carneiro”.
De acordo com o Delegado Regional de Polícia Civil, Jerônimo Rodrigues, esta situação não é nova e vem sendo tratada há tempos entre a Prefeitura e a Secretaria de Segurança Pública. Ocorre que, determinados casos são de difícil solução. Um exemplo é o Sétimo Distrito. Não há, na região, um imóvel que sirva para abrigar a delegacia. E no caso dos que poderiam servir, mesmo que de forma improvisada, os proprietários não têm interesse em alugar e quando sinalizam com esta possibilidade, pedem um valor muito acima dos preços de mercado o que impede a contratação, já que o Tribunal de Contas não aprovaria a despesa.
Além de todos esses problemas, existe, ainda, a pressão da sociedade para que a Polícia Civil amplie suas atividades, com outros projetos. É o caso de uma delegacia de Proteção ao Menor, uma Delegacia de Crimes e Acidentes de Trânsito (já funcionou no passado) e sedes para outras especializadas que funcionam, em locais impróprios. Sobre a desocupação dos imóveis da Prefeitura, o Delegado Regional diz que “se vier a ordem, temos de cumprir. O problema é para onde levar as delegacias, já que ninguém admite a ideia de fechá-las‘, ponderou.
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