Organização criminosa era especializada em roubo e comercialização de cargas alimentícias
Esta semana um homem foi preso em flagrante, durante a segunda fase da operação “A Grande Família do Crime”. A ação integrada entre a Polícia Civil de Goiás, Polícia Rodoviária Federal e Secretaria de Economia do Estado, teve como alvo uma organização criminosa, suspeita de receptação e lavagem de dinheiro. O grupo, liderado por integrantes de uma mesma família, atuava na comercialização de cargas alimentícias roubadas em supermercados de Goiânia.
Durante a operação, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em estabelecimentos comerciais, galpões e imóveis residenciais localizados na capital e em outros municípios goianos. As diligências resultaram na apreensão de grande quantia em dinheiro, carros e camionetes de alto valor, armas de fogo, inclusive de uso restrito, além de alimentos (arroz e feijão), possivelmente oriundos de subtrações de cargas. O indivíduo preso foi autuado em flagrante por posse irregular de arma de fogo. Seu nome não foi divulgado, tendo em vista o andamento de novas diligências.
Como foi
A primeira fase da operação foi deflagrada em 2019. Naquela ocasião, quatro empresários do ramo de supermercados foram presos, suspeitos de integrar o grupo. De acordo com o titular da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas, Alexandre Bruno Barros, inicialmente acreditava se tratar de uma associação criminosa. Contudo, durante o trabalho de apuração, os policiais descobriram que na verdade seria uma organização, com a participação de, ao menos, 10 pessoas. As cargas receptadas eram provenientes de roubos em São Paulo e Minas Gerais, onde também era feita a coordenação das atividades ilícitas. São quatro pessoas da mesma família: pai, dois filhos e um primo. As outras, ligadas com convívio pessoal, inclusive essas que tinham as armas em depósito. Estima-se que a organização criminosa tenha causado prejuízo em torno de R$ 25 milhões às vítimas. Além disso, foi constatado o valor de R$ 20 milhões, somente referentes a sonegação fiscal neste ano. A previsão é de que outros integrantes do grupo sejam presos nos próximos dias. Os estabelecimentos comerciais, onde os crimes eram praticados, tiveram as atividades suspensas. O Superintendente Executivo da PRF em Goiás, Luiz Fernando Sanches, destacou a importante atuação conjunta entre as forças policiais do Estado, que tem conseguido desarticular grupos criminosos e trazer maior segurança às rodovias.