Uma quadrilha internacional de tráfico de drogas foi desbaratada pela “Operação Mercúrio”, desenvolvida em conjunto entre as superintendências da Polícia Federal do Distrito Federal e a de Goiás, através da Delegacia de Anápolis. Oito pessoas foram presas, em cumprimento a cinco mandados de prisão preventiva e quatro mandados temporários. Uma dos traficantes conseguiu escapar do cerco, feito a uma casa localizada num bairro do Município, cujo endereço não foi divulgado para não atrapalhar as investigações, assim como a identidade dos envolvidos.
O delegado da PF em Brasília, Eduardo Rogério Rodrigues dos Santos, um dos coordenadores da operação, narrou que as investigações vinham sendo desenvolvidas desde outubro do ano passado, depois que a Superintendência da Polícia Federal na Capital, recebeu informações sobre a atuação da quadrilha na Holanda e na Bélgica. Após informação repassada pela Polícia da Bélgica, e decorrido, aproximadamente, um ano de investigações no Brasil, realizadas em colaboração com a Agência Nacional de Serviços Policiais da Holanda – KLPD foi possível, nesse período, a apreensão de 2.500 pontos de LSD, 7 kg (sete quilogramas) de haxixe e 3,8 kg de pasta-base de cocaína.
A quadrilha que caiu em Anápolis traficava no próprio Município, na região do Entorno e tinha conexão para a Europa. Dois dos acusados são irmãos e, segundo as investigações, um deles era o “cabeça” da organização criminosa. Os dois tinham nacionalidade holandesa, o que, segundo o delegado, deveria facilitar o esquema que era feito através de outras pessoas envolvidas pela quadrilha, denominadas “mulas”, que engoliam pequenas quantidades de cocaína envolvidas por um material parecido ao de luvas de borracha.
Na casa em que os traficantes foram presos, os policiais federais encontraram uma grande quantidade de maconha e cocaína, inclusive, já devidamente pronta para seguir o esquema das rotas internacionais com as “mulas”. O delegado Rogério Rodrigues, afirmou, em relação à origem da droga, que a mesma deve ter vindo de Lima, no Peru, já que anteriormente, outras partidas foram interceptadas e se originavam dessa região e também da Bolívia, que é outra porta de entrada do tráfico internacional no País.
As diligências prosseguem no sentido de cumprimento de todos os mandados judiciais.
Sobre a quadrilha, os integrantes têm média de 30 anos e, o que chamou atenção do delegado, é que não são pessoas pobres e que se utilizavam do tráfico como forma de lucro rápido. No pátio da Delegacia da PF, estavam dois veículos apreendidos na operação: um WV Voyage e um Ford Ka.
O chefe da PF em Anápolis, delegado Angelino Alves de Oliveira, ressaltou que esta não foi a maior apreensão de drogas já feita na Cidade, mas, conforme observou, trata-se de uma das mais importantes devido à forma de articulação desenvolvida por essa quadrilha. Ele destacou que a Cidade tem sido utilizada como “base de transmissão” e, diante dessa constatação, desde o ano passado, a orientação dada por Brasília, tem sido a de intensificar na região as operações de combate ao tráfico na região. Em 2010, no Município, conforme revelou, foram apreendidos 170 quilos de cocaína e em torno de 100 quilos de maconha.
Os quatro elementos presos que já tinham mandado de prisão preventiva, seriam encaminhados para a Casa de Prisão Provisória, em Aparecida de Goiânia e os outros quatro ficariam aguardando despacho por parte do juiz para o qual seria encaminhado o inquérito. Ainda na tarde de quinta-feira, a Superintendência Regional da PF em Goiás divulgou uma nota confirmando que nas diligências realizadas dentro da “Operação Mercúrio”, além das oito pessoas presas, foram apreendidas 10,8 quilos de cocaína, seis veículos de luxo e dinheiro em espécie.
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