Município sedia a maior parte das plantas produtivas desse segmento, que se destaca pelo uso de tecnologia de ponta
A história do Polo Farmacêutico de Goiás tem sua raiz em Anápolis, onde se concentra a maior parte das empresas desse segmento que, hoje, desempenha um papel relevante dentro do contexto econômico do Município, do Estado e do País.
O ponto de partida dessa história deu-se a partir da sanção da Lei nº 9.787, a chamada Lei dos Genéricos, de 10 de fevereiro de 1999, assinada pelo então Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso.
No ano seguinte à sanção da Lei dos Genéricos, uma reunião concorrida reunião ocorrida no auditório da Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA), com a participação de lideranças empresariais e políticas locais, juntamente com representantes do Governo do Estado, marcou o primeiro passo para a implantação do Polo Farmoquímico do DAIA, como foi denominado naquele primeiro momento.
Anápolis: 2º PIB de Goiás; 5º da região Centro-Oeste e 74º do Brasil
Em 17 de fevereiro de 2000, foi criada a Plataforma Tecnológica do Setor Farmacêutico de Goiás, por meio de um acordo de cooperação técnico-científico com o Ministério de Ciência e Tecnologia e as agências de fomento Finep e CNPq. Esse arranjo produtivo resultou na criação do Instituto de Gestão Tecnológica Farmacêutica (IGTF), criado para dar suporte às empresas do setor, que experimentava grande escala de crescimento em razão da demanda gerada com os medicamentos genéricos.
Atualmente, o Polo Farmacêutico conta com 21 empresas instaladas e em operação, 15 delas estão situadas do DAIA. O município, diga-se de passagem, é o que reúne maior número de empresas no segmento em um único polo fabril.
As indústrias químicas e farmacêuticas trouxeram outro componente relevante que foi a introdução de tecnologia de ponta. O que, consequentemente, acarretou na necessidade de qualificar a mão-de-obra local. No ano de 2004, o Senai implantou a Faculdade de Tecnologia, volta para a formação de técnicos em nível superior visando atender as demandas do setor farmoquímico.
Uma grande parte do volume das importações de Anápolis, são para atender às necessidade dos laboratórios tanto na parte de equipamentos, quanto de insumos. A maior parte das matérias-primas para a indústria farmacêutica é procedente da China e da Índia.
A implantação do Polo Farmacêutico se constitui, portanto, em um marco importante do fortalecimento da indústria de Anápolis e um importante referencial de qualificação da mão-de-obra local. Consequentemente, para a melhoria do ganho médio dos trabalhadores.
O Polo Farmacêutico de Anápolis é o segundo maior do País, perdendo somente para o de São Paulo.