Durante toda uma semana, moradores de diversas regiões de Anápolis enfrentavam grandes dificuldades com a falta de água. Em alguns bairros e vilas, a chamada “pane seca” durou quatro, até, cinco dias. É o caso do Vivian Park;Bairro Santo André; Jardim Gonçalves, Novo Paraíso e setores adjacentes. A SANEAGO justificou a falta de água como decorrente de seguidos rompimentos de tubulações, chamadas adutoras, principalmente a que liga osistema de tratamentode água do Distrito Agro Industrial, aos reservatórios que sevem como pontode distribuição da água tratada para os bairros citados. A movimentação de terras, com máquinas pesadas, na região onde estão sendo construídos o Viaduto na BR 060 e o Centro de Convenções, estaria colaborando para isso, já que parte da tubulação passa por ali. Ressalte-se que o fornecimento da água beneficiadano DAIA seria, a princípio, exclusivo para asempresas ali instaladas. Entretanto, há mais de uma década foi feito um convênio entre a Companhia dos Distritos Industriais de Goiás (Goiasindustrial) e a SANEAGO para que parte da água fosse redirecionada para alguns setores, tendo em vista o excedente da produção da estação de tratamento que funciona naquele núcleo fabril e a carência que havia na época, pois os bairros, cujos loteamentos foram liberados sem a devida infraestrutura, estavam com milhares de casas e estabelecimentos comerciais sem água potável, gerando um grande problema social. Na região do Vivian Park, por exemplo,a perfuraçãode poços e cisternas é praticamente inviável, devido ao perfil do terreno que é de difícil perfuração. São locais denominados cascalheiras. Este improviso, entretanto, seriapara durar pouco tempo, mas continua até hoje. O resultado é que, invariavelmente, existe o desabastecimento.
Neste caso, existem duas situações em andamento. De um lado a SANEAGO informa que quandofor concluído o projeto de universalização da água, ou seja, com a extensão das redes para todos os setores, a construção de novos reservatórios e a duplicação dosistema de bombeamento da estação de captação do Ribeirão Piancó para a Estaçãode Tratamento do Jardim das Américas, será dispensável a utilização da água procedente do DAIA. De outro, a preocupação dopróprio Distrito,que teve crescimento extraordinário nosúltimos anos e, com isto, aumentou a demanda no consumo de água para as empresas. Tem-se comocerto, entretanto, que a dita universalização da água em Anápolissó se efetivaria em meadosde 2015. Até lá, provavelmente, os setores que sofrem com a irregularidade estariam convivendo com os problemas.
Recorrente
Mas, o problema da falta de água em Anápolis não reside, apenas, nos defeitos e interrupções da Estação de Tratamento do DAIA. Recentemente toda a Cidade ficou desabastecida por mais de 72 horas, tendo em vista o rompimento da adutora principal que leva a água do Ribeirão Piancó para a Estação de Tratamento no Jardim das Américas. Naquela ocasião, a pane foi explicada como decorrente da falta de energia elétrica na região, o que impediu os motores de bombearem a água para se beneficiada. E, quando a energia foi restabelecida, a força da água rompeu os tubos, causando a interrupção no fornecimento. Antes, entretanto, a Região Leste ficou sem água por vários dias, por conta de avarias, também, nas adutoras quelevam água para os reservatóriosdo Bairro de Lourdes e Conjunto “Filostro Machado”, dois dos maiores aglomerados urbanos de Anápolis. A SANEAGO insiste em dizer que o drama dos anapolinos estápróximo de terminar, devido ao projeto que está m curso, com a ampliação do sistema, com custos superiores a R$100 milhões e que os trabalhos ocorrem ininterruptamente.
Energia também
Mas, o drama de milhares de anapolinos não se restringe às irregularidades no fornecimento de água potável. O setor de energia elétrica, também, está apresentado panes repetidas, com cortes sistemáticos no fornecimento em diferentes setores da Cidade. Na quarta-feira, 08, por exemplo, no período vespertino, uma sucessão de interrupções causou muitos problemas, principalmente na sinalização eletrônica de trânsito. Antes, no começo da semana, a região do Vivian Park (mais de seis bairros) fiou sem energia por um período superior a 12 horas. Os chamados piques no fornecimento estão se repetindo e, em muitos casos, provocando prejuízos para o comércio, além do desconforto nos ambientes domésticos. Há casos de comerciantes dos setores de alimentos, que perderam grande parte dos produtos, devido ao não funcionamento de geladeiras e outros sistemas de refrigeração. Durante vários dias, os programas jornalísticos das emissoras de rádio de Anápolis dedicaram grande parte de seus espaços para reclamações dos moradores do centro e dos bairros quanto às irregularidades no fornecimento de água potável e energia elétrica.
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