A boa fase da economia de Anápolis tem um “divisor de águas”: a Estação Aduaneira Interior, ou Porto Seco Centro Oeste. No início da década de 90, quando a idéia começou a ser debatida na Associação Comercial e Industrial (Acia), pouca gente acreditava que a iniciativa fosse vingar. O projeto chegou a ser classificado como mais um “elefante branco” (denominação que se costuma dar a projetos inacabados ou sem retorno social).
Mas, não só o projeto vingou – depois de muita luta – como também passou a ser uma das principais ferramentas estratégicas do desenvolvimento de Goiás. O Porto Seco Centro Oeste começou, efetivamente, a operar em regime alfandegado no ano de 2000. Por sinal, época em que estava sendo implantado o Pólo Farmoquímico. Um casamento perfeito, já que os laboratórios, em sua totalidade, utilizam matérias-primas importadas de outros países, como a Índia, por exemplo. E também comercializam a produção com outras nações.
Os registros da balança comercial do município, demonstram a importância do Porto Seco. No ano de 2000, as exportações somavam apenas US$ 322 mil. Em 2005, já chegavam a US$ 38,7 milhões. E, no primeiro semestre deste ano, o volume apurado já é de USR 47,3 milhões. As importações no ano de 2000, somavam US$ 72,9 milhões. Em 2005, o volume apurado foi de R$ 160,9 milhões. No ano passado, atingiu a marca histórica de US$ 1,3 bilhão. Nos seis primeiros meses de 2009, as importações somam US$ 548 milhões. Obviamente que nem todas as transações que geraram esses números passaram pelo Porto Seco. Mas, sem dúvida, uma parte expressiva dos negócios internacionais feitos a partir da aduaneira, em Anápolis, constitui uma contribuição valiosa para a economia goiana.
Além disso, o Porto Seco hoje é uma dos principais trunfos para convencer investidores a virem para Anápolis, que oferece uma localização geográfica privilegiada, é servida por rodovias cortam o País de norte a sul e, ainda, um ramal da Ferrovia Centro-Atlântica, que fará conexão com a Norte-Sul, a partir de 2010, reduzindo o chamado custo Brasil para o transporte de grãos e outras mercadorias para as zonas portuárias. A instalação da montadora Caoa/Hyundai é o exemplo de um grande investimento que se consolidou, pelo fato de poder contar com a estrutura da aduaneira
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