Vereador mais jovem da legislatura, Professor Marcos Carvalho falou sobre sua trajetória e a experiência de um mandato participativo em diálogo com a sociedade civil
O senhor fez a transição de uma carreira acadêmica a política. O que provocou essa mudança?
Professor Marcos Carvalho – É uma mudança sim. Sou o vereador mais jovem dessa legislatura, único com mestrado, é uma nova forma de dialogar com a cidade. Na política e na vida ninguém faz nada sozinho. Um grande grupo de professores e ativistas sociais reunidos construiu este projeto, de um mandato para representar a sociedade civil e atuar de maneira criativa e independente. Naquele momento apontaram que meu nome seria o mais viável para representar este projeto. Estavam certos, fui o candidato a vereador mais votado do PT em 2020. Partindo disso construímos um planejamento estratégico do mandato para atender esse objetivo.
Quais suas principais bandeiras e como tem organizado essa atuação?
Professor Marcos Carvalho – Temos a Escola da Praça, um grupo da sociedade organizada com mais de 70 pessoas de Anápolis atuantes em diferentes áreas, essas pessoas atuam como um conselho do mandato, fortalecendo e ajudando a construir as ações, pensar os projetos e posicionamentos. Fico muito honrado ao ter pessoas importantes do ponto de vista histórico e social atuando conosco. Nomes como Clodoveu Reis, Edna Eloi, Mirza Toschi, Juscelino Polonial, Neivaldo Dias, Ceser Donizete, Augusto Almeida, Virginia Melo entre outros.
Anápolis é reconhecida como cidade da filantropia
Como tem sido o trabalho legislativo? Quais grupos da sociedade o senhor representa?
Professor Marcos Carvalho – Em seis meses de mandato apresentamos 13 projetos de lei, quatro já foram aprovados e dois já se tornaram lei. São números superiores a pessoas que ficaram décadas como vereadores. Nosso trabalho tem como foco bandeiras como educação, saúde e cultura, além da defesa da juventude e do esporte. Temos uma proximidade muito grande com os professores das redes municipal e estadual, além de fazer um mandato em defesa do IFG, da UEG e dos servidores públicos municipais. Outro ponto é a defesa da Psicologia enquanto profissão, da presença desses profissionais nas escolas. Mas sempre deixamos nítido que é um mandato da sociedade civil, o diálogo com o povo é fundamental. Visitamos muito os bairros periféricos, ouvimos demandas, conversamos também com frequência com a juventude.
Num momento complexo no cenário nacional, país polarizado, vale a pena fazer política?
Professor Marcos Carvalho – decidimos construir um mandato com a cara da cidade, que dialoga com as pessoas e que se posiciona de maneira séria e comprometida, principalmente com os menos favorecidos, com a população empobrecida, pessoas em situação de rua, pessoas com transtornos e deficiências. Temos muitos desafios no dia a dia da cidade, e ainda há muito por fazer. É preciso pensar Anápolis para a próxima década. Essa é nossa principal tarefa.