Claudius Brito
Cinco anos após ser paralisada, embargada e judicializada, a obra do prédio da Praça 31 de Julho, no setor central de Anápolis, que seria destinada à Câmara Municipal, será, enfim, retomada.
O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira, 20/07, pelo prefeito Roberto Naves, dentro da programação alusiva ao aniversário dos 114 anos de emancipação da cidade.
O evento, ocorreu ao lado da obra e foi bastante concorrido, com a presença de várias autoridades.
Na coletiva de imprensa, o prefeito Roberto Naves detalhou o cronograma de retomada. Segundo ele, inicialmente, foi contratada uma empresa especializada que realizou um estudo sobre as condições estruturais do prédio. Esse estudo- disse- indicou a possibilidade de aproveitamento de cerca de 80% da estrutura.
Ainda de acordo com Roberto Naves, a parte da “pirâmide”- onde seria o plenário (se o prédio fosse destinado ao Legislativo)- está condenada, deve fazer ali um aterramento. A parte de subsolo, onde estava previsto se fazer um estacionamento subterrâneo, também será aterrada.
O projeto arquitetônico, que foi apresentado na exibição de um vídeo durante o evento, prevê que o prédio irá ganhar mais dois pavimentos, totalizando, então, quatro pavimentos com o térreo.
Roberto Naves adiantou que equipes da própria prefeitura vão desenvolver os projetos elétrico e hidráulico e os demais projetos serão colocados em licitação.
Início
O prefeito estima um prazo de cerca de 180 dias para que a obra seja iniciada. O que deve ocorrer, provavelmente, no mês de janeiro do ano que vem.
Já a conclusão da obra deve durar de 18 a 24 meses.
Com relação à destinação do espaço, Roberto Naves informou que a intenção é levar parte do atendimento das secretarias de Integração Social, de Saúde e de Educação, bem como o Rápido do Jundiaí, hoje funcionando em prédios alugados.
Roberto Naves afiançou que somente a economia com aluguéis deve ficar em torno de R$ 100 mil.
O custo para o término da obra não foi definido, ainda, porque, de acordo com o prefeito, depende do término dos projetos. Contudo, ele frisou que Anápolis tem condições para buscar os recursos que forem necessários, devido a estar num patamar tranquilo em relação ao endividamento.
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O presidente da Câmara Municipal, Leandro Ribeiro, enfatizou que a atitude do prefeito de retomar a obra paralisada é uma atitude de “respeito com o dinheiro público”.
Ele só lembrou que a Câmara Municipal não poderia ocupar aquele espaço, porque uma das artes mais comprometidas, onde seria o plenário, não poderá ser aproveitada.
Palácio 31 de Julho
Ao lado da obra abandonada, o Palácio Santana, que é uma obra da década de 70, terá que ser demolida parcialmente, porque teve a sua estrutura abalada.
Conforme adiantou Roberto Naves, estudos são feito para que sejam aproveitados os arcos arquitetônicos e que sejam demolidas as paredes já comprometida, sem possibilidade de reaproveitamento.