Através do Decreto nº 37.806, assinado pelo Prefeito João Gomes, e publicado no Diário Oficial do Município, no dia 02 último, a Prefeitura de Anápolis está declarando de Utilidade Pública, as áreas localizadas no setor conhecido popularmente como Morro da Capuava, situadas na Fazenda Catingueiro e que faz limites com o setor Anexo Bom Sucesso, também com uma área municipal e com a Travessa Dom Bosco e a Rua Leopoldo de Bulhões.
De acordo com o Decreto, a desapropriação, total, ou parcial, das áreas de terrenos de propriedade particular, constituídas por benfeitorias e acessos, tem como finalidade a proteção do local no que diz respeito aos aspectos paisagístico, topográfico e criação de espaço livre para uso público. O processo de desapropriação está a cargo da Procuradoria Geral do Município, que poderá requerer caráter de urgência para o fim de imissão de posse.
Reportagens recentes publicadas pelo CONTEXTO, mostraram que o Morro da Capuava, há vários anos, tornou-se um símbolo de fé para pessoas de várias religiões que vão ao local para orar e fazer meditações. Também, é um local de contemplação, tendo em vista a bela paisagem que é proporcionada de uma das mais altas regiões do Município.
Na Câmara Municipal, inclusive, tramita um Projeto de Lei, de autoria do Vereador Wederson Lopes (PSC), protocolado no dia 11 de fevereiro último, que, se aprovado e sancionado pelo Poder Executivo, irá transformar o Morro da Capuava em parte integrante do Patrimônio Histórico e Cultural de Anápolis. Segundo o autor, a proposta está ainda em tramitação nas comissões técnicas da Casa aguardando parecer para ir a votação em plenário.
Se for tombado ao patrimônio, todo o espaço do Morro da Capuava e seus componentes, segundo prevê o Projeto de Lei, “ficam protegidos de forma especial sendo proibidas a alienação; destruição, demolição ou mutilação em todo o território do morro”.
Na justificativa de sua proposta, o vereador Wederson Lopes lembrou que havia um tombamento do Morro da Capuava, datado de 1977, também com o objetivo de proteger o local. Entretanto, em novembro de 2002, a Lei nº 2.913 revogou este tombamento e a área voltou ao domínio particular.
Segundo o historiador e diretor do Museu “Alderico Borges de Carvalho”, Tiziano Mamede Chiarotti, o Morro da Capuava tem, também, importância dentro do contexto histórico. Por volta de 1925, segundo alguns registros, por duas vezes, passou por ali a famosa Coluna Prestes, movimento ligado ao tenentismo e que se opunha ao governo da República Velha e era liderado por Luiz Carlos Prestes.
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