Você já se surpreendeu com pensamentos angustiantes sobre sua vida, do tipo: “O que vai acontecer se minha saúde faltar? Como será se um parente adoecer e eu tiver que parar minha vida para cuidar dele? Será que vou conseguir cuidar do meu filho até que ele cresça? E se eu sofrer um acidente e ficar inválido? Será que não vou sucumbir no meio do caminho?”
Essas e outras questões fazem parte de um dos maiores problemas do homem moderno: a ansiedade. O psicólogo Rollo May afirma que a ansiedade é um dos mais urgentes problemas de nossos dias, sendo chamada de “a emoção oficial de nossa época e a base de todas as neuroses”.
A ansiedade pode ser definida como um sentimento íntimo de apreensão, mal-estar, preocupação, angústia ou medo. Ela pode surgir como reação a um perigo identificável ou mesmo em resposta a um perigo imaginário.
Jesus falou aos seus discípulos sobre ansiedade talvez por perceber o sofrimento deles em relação ao futuro. Talvez Jesus notasse preocupações com coisas básicas – como roupa e comida. “Qual de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?” (Mt 6.27). Nesse trecho, Jesus demonstra a inutilidade e ineficiência da preocupação.
A ansiedade não ajuda em nada. Alguém pode ser mais eficiente em uma prova ou concurso sob o efeito da ansiedade? Será que é mais fácil resolver um conflito, um problema quando apresentamos fortes sintomas de ansiedade? Seria mais fácil decidir sob pressão e preocupação do que em estado sereno? Não! A ansiedade nos faz sofrer duas vezes: Rouba-nos a saúde, afeta o julgamento crítico, esvazia o poder de decisão e nos leva, progressivamente, a ter mais dificuldade em lidar com as questões práticas da vida.
Jesus ainda avançou na questão da ansiedade quando afirmou: “Pessoas sem fé é que se preocupam com o futuro, mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas” (Mt 6.32, referindo-se a necessidades básicas como comida, bebida e roupas. Ele disse que preocupação é um sentimento próprio de pessoas que vivem sem fé e, portanto, o estado ansioso seria incompatível com a fé cristã.
Ansiedade é, essencialmente, falta de confiança em Deus e pode até ser compreensível para quem tem um Deus caprichoso e imprevisível, mas não para quem tem um Deus coerente, que dirige a história, cujas promessas não são esquecidas. Preocupações não vêm das circunstâncias, mas do coração.
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