Volodymyr Zelensky, recusou a oferta do governo dos Estados Unidos para retirá-lo do país. “Preciso de armas, não de carona”, disse ele.
A retirada do presidente ucraniano do país teria como objetivo evitar que ele seja morto por militares russos, em pleno ataque para tomar a cidade desde sexta-feira (25/2). Entretanto ele pediu apoio militar.
Zelensky, porém, prefere continuar no cargo por enquanto, apesar do risco de vida. “De acordo com as informações que temos, o inimigo me fez o alvo número um, e minha família, o alvo número dois. Eles querem destruir a Ucrânia politicamente destruindo o chefe do Estado”, afirmou o presidente.
Informações do Washington Post levam a crer que os alertas estadunidenses sobre a segurança pessoal do líder ucraniano têm sido frequentes. Oficiais norte-americanos estariam aconselhando o presidente com dicas de proteção, como locais seguros para exercer o mandato presidencial.
Em janeiro, o governo britânico acusou Vladimir Putin, líder russo, de planejar substituir Zelensky por uma autoridade ucraniana favorável aos desejos do Kremlin.
Kiev, capital da Ucrânia, tem sido alvo de constantes bombardeios nesta sexta. Durante a noite, confrontos já tinham sido registrados próximo às estações de metrô de Berestiiska e Shulyavka.
Apoio militar
Em meio à expansão da ofensiva russa na Ucrânia, países como República Tcheca e Alemanha confirmaram que vão enviar armas e munições para que ucranianos possam se defender dos ataques. O chanceler alemão, Olaf Scholz, informou neste sábado que vai fornecer 1.000 armas antitanque e 500 mísseis para a Ucrânia.
O ataque russo marca um ponto de virada. É nosso dever fazer o nosso melhor para ajudar a Ucrânia a se defender contra o exército invasor de Putin. É por isso que estamos fornecendo 1.000 armas antitanque e 500 mísseis Stinger para nossos amigos na Ucrânia”, escreveu Scholz.
Mais cedo, a Alemanha já tinha aprovado a entrega de 400 RPGs – granadas impulsionadas por foguete da Holanda para a Ucrânia, disse o Ministério da Defesa alemão, confirmando uma mudança na política depois que Berlim enfrentou críticas por se recusar a enviar armas para Kiev, ao contrário de outros aliados ocidentais.
O primeiro-ministro da República Tcheca, Petr Fiala, também confirmou ajuda à Ucrânia. “O governo aprovou o fornecimento de armas para a Ucrânia. Enviamos metralhadoras, metralhadoras, rifles de precisão e pistolas e suas munições correspondentes no valor total de 188 milhões de coroas. Ao mesmo tempo, forneceremos transporte para um local escolhido pelos ucranianos. Estamos fazendo tudo o que podemos para ajudar a Ucrânia”, escreveu Fiala.